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|Juventude

Encontro Nacional de Juventude: jovens querem uma política alternativa

Mais de 800 jovens de todo o país estiveram presentes no encontro promovido pelo Conselho Nacional de Juventude. Criado o espaço para uma ampla discussão democrática, as conclusões são claras: os jovens querem uma política alternativa.

Créditos / CNJ

No passado fim-de-semana, para centenas de jovens, todos os caminhos foram dar a Guimarães, mais concretamente o Encontro Nacional de Juventude. Segundo a organização, o Conselho Nacional de Juventude,  a 17ª edição do evento foi uma enorme sucesso, tendo sido o maior desde 1995. 

A ideia do Encontro Nacional de Juventude era meter os jovens a discutir e a decidir quais devem ser as linhas gerais para o desenvolvimento de uma real política juvenil, não fosse o mote do evento «Aqui, os jovens decidem o futuro!». Pelo Multiusos de Guimarães passaram diversas figuras de Estado como o Presidente da Assembleia da República, a Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares e o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, algo que só enaltece a participação juvenil, pois o jovens não se contentaram com discursos governativos panfletários e afirmaram o que realmente querem, contornando o habitual discurso unidireccional dos que dizem querer jovens activos e nunca fazem por os ouvir.

Durante os dias do evento, os jovens, de forma descomprometida, debateram vários temas centrais na vida da juventude portuguesa, tais como a educação, a igualdade, o ambiente, o trabalho, a habitação e a saúde. Diga-se que as conclusões de cada um destes temas faria corar os decisores políticos que colocam em prática políticas antagónicas às aspirações dos mais jovens. 

Na área da educação concluíram a necessidade de acesso universal ao Ensino Superior, algo que hoje não se verifica com diversas barreiras socio-económicas ou o reforço do financiamento da escola pública através da requalificação de edifícios escolares. Na questão da igualdade ficou vincado a necessidade de efectivar a implementação da educação sexual nas escolas e a necessidade de investimento no Serviço Nacional de Saúde para «apoio e reinserção das vítimas de violência em relação para que se possam emancipar e sair dos ciclos de violência».

Sobre o trabalho foi reforçado nas conclusões o que é reivindicado por milhares de trabalhadores nas ruas e nos locais de trabalho, ou seja, «uma política que se comprometa a combater a precariedade», a necessidade de aumento do Salário Mínimo Nacional e a revogação da caducidade da contratação colectiva, 

Na temática ambiental surgiram propostas para o reforço das alternativas sustentáveis de transportes públicos contribuindo assim também para uma maior coesão territorial e na temática da habitação foi apontado o elevado custo do mercado habitacional como um grande entrave para os jovens poderem exercer o seu direito à habitação, contrariando quem usa o dogma do mercado como o paraíso na terra. 

Sobre a saúde, foi debatido o «difícil acesso a determinadas especialidades no Serviço Nacional de Saúde» nomeadamente as que afetam a saúde mental, saúde oral e saúde sexual que são áreas entregues aos privados que fazem negócio com a doença, bem como a como a necessidade de «valorização das carreiras de todos os profissionais de saúde».

Com todas estas conclusões, seria agora necessário entender se o Governo ouviu os jovens ou fez ouvidos moucos. Certamente que o Conselho Nacional de Juventude pugnará para colocar em prática o que 800 jovens concluíram, estando à altura do evento que organizaram. 

 

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