De acordo com o Eco, que teve acesso a um documento enviado pela administração dos CTT à comissão de trabalhadores da empresa, a reestruturação desejada implica o fecho de 22 lojas. Os distritos mais afectados são Lisboa e Porto, com cinco cada, Aveiro, com três, e Santarém e Setúbal, com duas. As restantes estão instaladas nos distritos de Vila Real, Braga e Faro, assim como nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
A rede postal dos CTT, que é concessionária do serviço postal universal, inclui 613 lojas próprias. Na última década, desde que se iniciou o processo de degradação dos CTT que abriu caminho à sua privatização, foram encerrados mais de 500 estações e postos de correios.
A empresa foi privatizada pelo anterior governo, entre 2013 e 2014. Os novos donos privados já recuperaram cerca de um terço do que pagaram pela empresa em dividendos recebidos. Os preços subiram, em alguns produtos, quase 50% desde 2014.
Dias antes do anúncio do plano de reestruturação, foram discutidas iniciativas pela recuperação do controlo público dos CTT e a reversão da privatização. Os projectos de resolução, da autoria do BE, do PCP e do PEV, foram chumbadas, sendo apenas aprovada a constituição de um «grupo informal» para avaliar o cumprimento do contrato de concessão e a «ponderação dos possíveis modelos» de serviço postal universal no final do contrato, em 2020.
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