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|Novo Banco

Governador ouvido na Assembleia da República

Carlos Costa defende gestão do caso BES

O governador do Banco de Portugal defendeu ontem, no Parlamento, a venda do Novo Banco ao fundo abutre Lone Star, apesar de o negócio poder vir a resultar em perdas para o País.

«O BES tem capacidade para mobilizar capital, os depositantes podem estar tranquilos. Se o banco está sólido, não há crise sistémica», afirmou Carlos Costa a 15 de Julho de 2014, menos de um mês antes da sua falência.
«O BES tem capacidade para mobilizar capital, os depositantes podem estar tranquilos. Se o banco está sólido, não há crise sistémica», afirmou Carlos Costa a 15 de Julho de 2014, menos de um mês antes da sua falência.CréditosJosé Sena Goulão / Agência LUSA

«É uma matéria neste momento confidencial. Entrámos no período de negociações exclusivas, que continuam, porque se tratam de contratos muito complexos que exigem a intervenção de muitos técnicos quer do lado do Banco de Portugal, quer do lado do comprador», afirmou Carlos Costa, depois de questionado sobre o processo de venda do Novo Banco.

O governador falava durante a sua audição na Comissão de Orçamento e Finanças, mostrando confiança no sucesso desta operação. «A minha esperança é que depois de terminado este processo o banco de transição possa ser considerado um case study a nível europeu», afirmou, sublinhando acreditar que o negócio vai mesmo avançar.

Antes, Carlos Costa já tinha defendido a opção tomada em 2014 pela resolução do BES, levando à criação de um banco de transição, o Novo Banco. «O Novo Banco mantém a sua quota de mercado e mantém-se como um importante financiador das empresas. Esperamos que se conclua a transferência da posição accionista do Fundo de Resolução para um novo investidor, que vai mostrar que há um papel para o banco no futuro», assinalou, acrescentando que tal vai demonstrar que «a decisão de resolução do banco foi a correcta».

Desde a sua criação, após a falência do BES, o activo do Novo Banco caiu de cerca de 80 mil milhões de euros para pouco mais de 50 mil milhões; o número de balcões em Portugal diminuiu de 643 para 556; a quota de mercado no segmento de empresas, o mais significativo do BES, reduziu-se de 25% para 19,8%.

De resto, o governador assumiu a decisão de não vender o banco em 2015, na primeira tentativa de alienação da entidade, explicando aos deputados que, na altura, a operação implicava «riscos» significativos, além de o valor oferecido não ser suficiente.

Pelo que se conhece da proposta de compra do Novo Banco apresentada pela Lone Star, esta não deverá cobrir o valor injectado pelo Estado no Fundo de Resolução aquando da falência do BES – 3,9 mil milhões de euros. Na verdade, o negócio pode implicar ainda mais perdas para o Estado, caso se confirmem garantias públicas ou outros mecanismos de cobertura de activos que podem vir a resultar em perdas para o banco.


Com Agência Lusa

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