Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Banca

Banco Efisa. Custou 90 milhões públicos, agora está em dissolução

Era o banco de investimento do BPN, cujos activos tóxicos continuam a pesar nas contas públicas. De acordo com um documento divulgado pelo Ministério da Justiça, o Efisa entrou em dissolução.

Manifestantes durante um acto público de protesto contra a venda do BPN, em Lisboa, 12 de Agosto de 2011
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

De acordo com esse documento, que data da última terça-feira, foi apresentado um pedido de registo da dissolução da entidade, cujo processo de venda falhou ao longo dos anos.

Segundo o jornal Eco, o plano de liquidação do Efisa, detido até agora pela Parparticipadas, foi aprovado pelo Banco de Portugal já no final deste ano, tendo a holding estatal, veículo que detinha o banco na sequência da nacionalização do BPN, avançado à publicação que antecipava um período de 12 meses para a «execução e conclusão» deste plano.

A Parparticipadas já tinha tentado vender o Efisa, tendo mesmo, em 2019, anunciado em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que tinha «celebrado contrato de compra e venda de acções, destinado à venda da sua participação de 100% no capital social do Banco Efisa, S.A., pelo valor de 27 milhões de euros» à IIB Group Holdings, negócio que acabou por não se concretizar. 

Antes disso, em Abril de 2017 foi cancelada a alienação à empresa Pivot (de capitais portugueses e angolanos, e que Miguel Relvas, ex-ministro do governo do PSD e do CDS-PP assumiu ter sido criada para comprar o Efisa), por 38,3 milhões de euros, apesar de, entre 2014 e 2016, o Estado ter injectado no banco cerca de 90 milhões de euros. O valor serviu para amortizar créditos concedidos pelo BPN, e que o BIC, no acordo de compra se recusou a assumir. De resto, e à semelhança do que se verificou no Novo Banco (ex-BES), também a venda do BPN (2012) ao agora Eurobic não impediu que o Estado português continuasse a pagar os custos.

Desde 2010, os portugueses contribuíram com cerca de 23 mil milhões de euros para o sistema financeiro. No seio da Europa, Portugal foi o país que mais apoiou os bancos, com um impacto acumulado superior a 10% do PIB. 


Com agência Lusa

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui