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Utentes da AML exigem a reposição urgente dos transportes

A altura é de desconfinamento, mas os utentes denunciam que as empresas de transporte público mantêm supressões. «Podem corresponder à procura retirando o lay-off», lembra Carlos Humberto, da AML.

A Rodoviária de Lisboa assegura o transporte em vários concelhos a norte de Lisboa
É dos utentes da Rodoviária de Lisboa que chegam mais denúncias à Área Metropolitana de Lisboa (AML)Créditos

Num comunicado conjunto, divulgado esta terça-feira, a Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Sacavém e a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Camarate, Unhos e Apelação, no concelho de Loures, denunciavam que a Rodoviária de Lisboa «continua a não tomar uma única medida» de salvaguarda da saúde dos seus motoristas e passageiros.

«Ontem [segunda-feira] assistimos a várias reportagens sobre a normalidade e precaução nos serviços de transportes públicos de passageiros, que omitem uma realidade que se vive a dois tempos, a dos operadores públicos de transportes, que tomaram medidas de salvaguarda dos seus utentes, situando a sua oferta entre os 90 e os 100%, e a realidade dos operadores privados que iniciaram esta semana nos mesmos moldes da semana anterior», lê-se na nota remetida à empresa, ao Governo e à Área Metropolitana de Lisboa (AML), entre outras entidades.

Em declarações ao AbrilAbril, o primeiro-secretário da AML, Carlos Humberto reconhece que é desta empresa que chega o grosso das denúncias relativamente à sobrelotação de algumas carreiras. 

O responsável adianta que, nesta fase, em que se prevê um regresso gradual ao trabalho, os acertos têm que ser feitos quase diariamente e que, no caso da Rodoviária de Lisboa, tal como nas restantes, o que está acordado é que a empresa «deverá fazer reforços de acordo com as necessidades».

«Sempre que haja um problema, nós reportamos e solicitamos que reforcem a carreira em que o problema surge», esclarece.

Carreiras urbanas dos TST com horário de sábado

As comissões de utentes lembram que a reposição das carreiras e horários suprimidos é «condição essencial para o cumprimento das regras de segurança sanitária, sem colocar em causa o direito à mobilidade dos utentes».

O alerta estende-se à Margem Sul, onde a Transportes Sul do Tejo (TST), no início desta semana, ainda mantinha as carreiras urbanas a realizar o horário de sábado. Assim estiveram no estado de emergência mas, com mais pessoas a circular, o ambiente é de «sardinhas em lata», criticam os utentes.

Esta segunda-feira, a empresa repôs as carreiras directas para a Gare do Oriente, em Lisboa, mas continua a faltar a reposição com destino à Praça de Espanha, também na capital. 

Lay-off: medida «exagerada»

No caso da Rodoviária de Lisboa, as comissões de utentes afirmam que o regime de lay-off continua, com a empresa a manter «uma redução nos serviços de mais de 60%» e a incumprir, «em muitas carreiras e percursos», as regras de lotação máxima de dois terços. 

A este respeito, Carlos Humberto sublinha que «foi uma medida exagerada», que acarretou «estas consequências», mas que as empresas «estão em condições de retirar o lay-off, no todo ou em parte, e portanto corresponderem à procura». 

Insiste que não faltam viaturas e que o problema reside no facto de as empresas terem colocado os trabalhadores em lay-off. «Mas podem retirá-los, e diria mesmo, devem retirá-los.»

Falta informação 

Outra questão levantada pelos utentes da Rodoviária de Lisboa relaciona-se com a falta de informação nas viaturas sobre regras de higiene, e «indicação de como as cumprir», tal como «não existe informação sobre os cuidados adicionais que estão a ser tomados no que respeita a higienização e desinfecção das viaturas».

Simultaneamente, reivindicam que as viaturas estejam equipadas à entrada com um dispensador de álcool gel ou solução desinfectante para os utentes, e que a cabina do motorista seja «segregada fisicamente com uma divisória rígida».

«A simples utilização de uma máscara não é protecção suficiente», reforçam os utentes.

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