«A medida irá inevitavelmente agravar ainda mais a grave situação deste eixo ferroviário, sujeito a recorrentes supressões nos horários das ligações regionais, desde o início de 2017», refere num comunicado divulgado, esta segunda-feira, em resposta às «alterações estruturais à actual oferta, que implicam a eliminação de algumas das ligações existentes e criação de novas ligações», anunciadas também ontem pela CP.
Para a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste, a supressão pode significar «mais uma machadada na Linha do Oeste, no que toca ao número de passageiros que a utilizam».
Acrescenta este grupo de utentes que, além do «desconforto da mudança de composição», a supressão dos comboios inter-regionais e a sua substituição por uma ligação das Caldas a Bifurcação de Lares, ou vice-versa, representará um aumento do tempo de percurso, favorecendo o transporte rodoviário de passageiros, «que até aqui não competia em tempo e preço do serviço, com o comboio».
A comissão anuncia que brevemente irá entregar na Assembleia da República a petição lançada no mês de Fevereiro, com mais de quatro mil assinaturas, a exigir que o Governo e a CP tomem urgentes medidas para a aquisição de novas composições ferroviárias para a Linha do Oeste.
«É imperioso que no imediato seja reforçada a luta em defesa deste troço ferroviário, pela sua requalificação e modernização», lê-se no texto.
Dentro de dias, a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste prevê divulgar ainda a realização de uma acção de luta contra a medida e apela a que autarcas, deputados, agentes económicos, sociais e culturais e população em geral «se manifestem pelas mais variadas formas».
Em 2011, o governo do PSD e do CDS-PP manifestou a intenção de acabar com o transporte de passageiros entre as Caldas da Rainha (Leiria) e a Figueira da Foz (Coimbra), mas foi travado graças aos protestos das populações servidas pelo comboio.
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