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Utentes da Linha do Oeste dizem «basta de atrasos»

A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO) exige a intervenção do ministro das Infraestruturas junto da CP para que as novas composições já estejam a circular em 2023.

Utentes denunciam que situação na Linha do Oeste «fere os mais elementares direitos ao transporte colectivo»
Créditos / CC-BY-SA-2.0

Foi em Setembro de 2018 que o Conselho de Ministros autorizou a CP a comprar 22 novos comboios para o serviço regional. A chegada destas composições, de acordo com o concurso público, deveria ocorrer entre 2023 e 2026. Porém, quase três anos volvidos, a transportadora ainda não encomendou o novo material circulante e as novas composições só devem começar a chegar ao nosso país no final de 2024.

«Este atraso poderá pôr em causa a rentabilização do processo de modernização e de electrificação em curso, cuja conclusão está prevista para 2023, quando se sabe que a CP precisa das novas composições para garantir o transporte dos passageiros no troço entre Meleças e Caldas da Rainha», alerta a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste, através de comunicado.

A estrutura afirma que as composições a diesel alugadas à Renfe «estão a envelhecer», o que leva a avarias cada vez mais frequentes, acarretando custos «elevadíssimos» para o erário público.

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Linha do Oeste: expectativas não podem sair goradas

Os utentes admitem que foram dados passos «muito importantes», restando agora que as medidas para a modernização e electrificação da Linha do Oeste sejam concretizadas nos prazos previstos.

 O plano de modernização da Linha do Oeste foi anunciado em 2016
Créditos / Gazeta das Caldas

A aprovação pelo Tribunal de Contas da empreitada do troço Meleças – Torres Vedras, a abertura do concurso público para a empreitada do troço Torres Vedras – Caldas da Rainha; a anunciada compra de novas composições; e a inclusão, no Plano Nacional de Investimento 2030, do projecto de electrificação do troço Caldas da Rainha – Louriçal são, segundo a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO), passos «muito importantes» para a concretização do projecto de modernização e electrificação daquela Linha.

Importa agora, regista a estrutura num comunicado, que as expectativas criadas não saiam goradas e que todas estas medidas sejam concretizadas nos prazos previstos. 


Neste sentido, a CPDLO realça que quer ver iniciadas as obras no troço Meleças – Torres Vedras, e efectivado, sem atrasos, o concurso para a empreitada da obra do troço Torres Vedras – Caldas da Rainha, registando ainda a necessidade de «dar corpo à electrificação do troço Caldas da Rainha – Louriçal», e que os novos comboios sejam fabricados e entregues à CP. 

A Comissão vinca que «todos aqueles que ao longo dos anos não desistiram de lutar em defesa da Linha do Oeste devem ser saudados» por não aceitarem de forma passiva a degradação e o eventual encerramento da Linha, e defenderem a importância deste troço ferroviário «como factor de desenvolvimento económico e social regional».

Não obstante, denuncia que «continua sem solução» a aplicação do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) na Linha do Oeste, com a adopção de tarifários em 2020 que incentivem o uso do comboio, de acordo com a exigência feita ao Governo, CP e Comunidade Intermunicipal do Oeste. 

A CPDLO informa ainda que, sobre este e outros assuntos relacionados com o serviço de passageiros, continua a aguardar a marcação de uma reunião com o presidente da CP.

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Por outro lado, o troço entre Caldas da Rainha e Louriçal estará por electrificar para além de 2023, pelo que as novas composições híbridas serão indispensáveis para garantir o serviço de passageiros ao longo de todo o percurso da Linha.

A CPDLO considera que o atraso na encomenda das novas composições «só serve os interesses privados» no transporte de passageiros e ameaça a qualidade o serviço público ferroviário. Como tal, vai exigir ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que intervenha junto da CP, para que o processo da aquisição das novas composições se concretize com a maior celeridade, para que em 2023 já estejam a circular na Linha do Oeste.

A Comissão lembra ainda que obstáculos como este «não são novos» e «só ajudaram os operadores privados» de transporte rodoviário colectivo, nomeadamente a tentativa de encerramento da Linha do Oeste, a degradação do serviço e ausência de modernização ao longo dos anos.

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