A estação do Metro de Arroios encerrou para obras de reabilitação em Julho de 2017 com um prazo para a abertura: Janeiro de 2019. Em meados do ano passado, o vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar, dava conta de que o prazo tinha derrapado para o segundo semestre deste ano.
Porém, no passado dia 10 de Janeiro a administração do Metro de Lisboa informou que o contrato com o empreiteiro da obra tinha sido rescindido, «pelo facto de as obras decorrerem a um ritmo inferior ao previsto», e que seria lançado um novo concurso público para escolher outro empreiteiro.
A Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa (CUTL) vai estar esta tarde em mais uma acção de denúncia e sensibilização da população, a partir das 17h, na Praça do Chile. Exige que o Metro de Lisboa informe adequadamente os utilizadores do metropolitano, mas também os moradores e comerciantes de Arroios – os que sobreviveram à empreitada, uma vez que, até Maio do ano passado, dez já tinham encerrado as suas lojas.
A CUTL quer saber que medidas vão ser tomadas para minimizar os prejuízos causados por este atraso e quando serão assegurados os percursos alternativos. A este respeito a comissão refere num comunicado que tem insistido junto da administração do Metro e da Câmara Municipal de Lisboa «na importância de serem assegurados os percursos alternativos pela Carris, que foram prometidos, mas não têm sido cumpridos», e que já solicitou uma reunião à autarquia «há mais de seis meses», para a qual ainda não obteve resposta.
Os utentes recordam, entretanto, que as obras na estação de Arroios, no sentido de viabilizar a circulação com seis carruagens na Linha Verde, são fruto de uma «longa reivindicação dos utentes do Metro e da população de Lisboa, que nunca deixaram de lutar para melhorar os transportes públicos na cidade».