O protesto surge na sequência de sucessivos encerramentos de serviços hospitalares, como as cirurgias de urgência, ortopedia à sexta-feira, urgência de cardiologia, obstetrícia, ginecologia e até do bloco de partos.
«O que está em causa é o direito à saúde. Estes encerramentos intermitentes estão a transformar o Hospital do Barreiro num espaço vazio de valências», alerta a organização do protesto no comunicado.
Os promotores da vigília acusam as autoridades de estarem a favorecer o sector privado em detrimento do público. Em causa está a recente abertura de uma unidade privada da CUF na região, que, segundo os organizadores, não enfrentou dificuldades na contratação de pessoal, ao contrário do hospital público.
«Por caricato ou não, abriu recentemente o hospital privado da CUF – com renda de terrenos públicos mais que acessível – que não teve problema algum na contratação de pessoal», apontam.
Para os sindicatos e comissões de utentes, existe uma estratégia deliberada de esvaziamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos concelhos do Barreiro, Moita, Alcochete e Montijo.
«Tudo leva a crer que está a ser montada uma operação de desmantelamento do SNS no Arco Ribeirinho, para depois se entregar dinheiro público à hospitalização privada», acusam os promotores.
A vigília será também uma afirmação do direito constitucional à saúde, lembrando que este «não é um negócio, mas um direito de todos». «Porque a saúde é um direito constitucional e não um negócio, no próximo dia 13 de Agosto pelas 20h lá estaremos a defender o Hospital do Barreiro, o Serviço Nacional de Saúde e a forma como se gasta o dinheiro de todos nós», conclui o comunicado.
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