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|Porto

Músicos do STOP reclamam entendimento para obras urgentes

Os músicos do centro comercial STOP, no Porto, apelam a uma «acção urgente» e ao «entendimento imediato» entre a Câmara e os proprietários do edifício, porque ambos «têm a responsabilidade, e até o dever». 

CréditosJosé Coelho / Agência Lusa

Os artistas salientaram, num comunicado divulgado esta quinta-feira, que a aprovação da classificação do STOP como imóvel de interesse municipal pela Câmara Municipal do Porto «poderá ser um marco significativo» na preservação do espaço, mas alertaram que aquela tem de resultar em «acções concretas», no sentido de «assegurar de imediato» a segurança e a continuidade da comunidade no local.

«É e será essencial estabelecer-se um entendimento imediato e o maior contacto possível entre a Câmara Municipal do Porto, o condomínio e os proprietários do edifício com todos os membros dessa mesma comunidade artística e dos lojistas», frisaram.

Neste sentido, os músicos consideraram que «urge» acelerar todos os processos para a reposição dos requisitos mínimos para o funcionamento seguro daquele espaço cultural após as 23h.

Na nota de imprensa, os artistas recordaram que há, diariamente, um corpo do Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto, constituído por cinco elementos, destacados para permanecer com um carro em frente à porta do centro comercial entre as 11:00 e as 23:00.

O executivo da Câmara do Porto aprovou na segunda-feira, por unanimidade, avançar com a classificação do STOP como imóvel de interesse municipal, que implica legalmente a constituição de uma zona geral de proteção de 50 metros.

A aprovação do início do procedimento de classificação implica, ao abrigo da Lei de Bases do Património Cultural, a constituição de uma zona geral de protecção de 50 metros.

Os músicos recordaram que os problemas da falta de manutenção do edifício «não são novidade alguma», por isso, apelam a uma «acção urgente» do município e dos proprietários por considerarem que ambos «têm a responsabilidade, e até o dever», de colaborar para que seja possível estabelecer e fazer cumprir esses requisitos mínimos de segurança necessários «o quanto antes».

O STOP, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio e estúdios, considerada pela sua comunidade como «a verdadeira casa da música», viu a maioria das suas fracções serem seladas em 18 de Julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, tendo reaberto a 4 de Agosto, com um carro de bombeiros à porta. Entretanto, vai continuar a funcionar por tempo indeterminado na sequência de uma providência cautelar interposta pelos proprietários à decisão da Câmara do Porto, de encerrar o edifício. 

Em reacção, a CDU afirmava, em Setembro, que se tratava de uma vitória dos músicos, artistas e comerciantes, que reflecte «contradições e dificuldades da maioria» da Câmara Municipal do Porto e deixa «claro» o «desconforto» da autarquia com a implementação de uma «acção de força e mais claro ainda a falta de soluções para este drama que afecta centenas de pessoas».

Para os comunistas, com o adiamento do encerramento do centro comercial “fica claro o desconforto” do executivo liderado pelo independente Rui Moreira com a implementação de uma “ação de força e mais claro ainda a falta de soluções para este drama que afeta centenas de pessoas».

«A missão dos músicos e lojistas do STOP é continuar a manter aberto este espaço emblemático e orgânico, garantindo o seu contínuo acesso ao público e, ao mesmo tempo, proporcionando um ambiente propício para que os profissionais do setor cultural possam prosseguir com as suas actividades», afirmava, em Julho, a Comunidade STOP.


Com agência Lusa

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