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|Vida Justa

Movimento pela justa distribuição da riqueza sai à rua

O protesto contra o facto de ser «sempre o povo a pagar tudo, enquanto os mais ricos conseguem ainda ficar mais ricos», promovido pelo movimento Vida Justa, acontece este sábado, em Lisboa. 

«Se ligar o aquecedor, no mês seguinte não como» é uma entre as muitas denúncias que amanhã saem à rua, entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, na manifestação convocada pelo Vida Justa com o objectivo de obrigar Governo e Parlamento a tomarem medidas capazes de travar a hecatombe social que se avizinha e evitar o aprofundar das desigualdades. Isto porque a inflação tem cortado uma parte substancial dos salários e das pensões, ao mesmo tempo que os lucros dos grandes grupos económicos e financeiros vão somando aumentos recorde.

Iniciado em reuniões de moradores dos bairros da periferia de Lisboa, o Vida Justa integra também pessoas de movimentos sociais e cidadãos de vários sectores, como professores, juristas, antropólogos e investigadores, com o propósito de alertar para a precariedade que entrou na casa de milhares de famílias. 

«Não pode ser sempre o povo a pagar tudo, enquanto os mais ricos conseguem ainda ficar mais ricos», observa o manifesto que o movimento lançou em Janeiro e que conta, actualmente, com cerca de 400 subscritores. O documento assinado por dezenas de moradores de bairros e figuras como o músico Dino D'Santiago, o rapper Chullage, a actriz Ana Sofia Martins, o historiador Manuel Loff e o economista João Rodrigues será lido no final da manifestação deste sábado, momento em que será lançada também uma petição com vista a levar ao Parlamento uma realidade em que, constata o manifesto, «todos os dias os preços sobem, os despejos de casas aumentam e os salários dão para menos dias do mês». 

«É preciso dar poder às pessoas para conseguirem ter uma vida digna. Exigimos um programa de crise que defenda quem trabalha: os preços da energia e dos produtos alimentares essenciais devem ser tabelados; os juros dos empréstimos das casas congelados, impedir as rendas especulativas das casas, os despejos proibidos; deve haver um aumento geral dos salários acima da inflação; medidas para apoiar os comércios, pequenas empresas e os postos de trabalho locais e valorizar económica e socialmente os trabalhos mais invisíveis como o de quem trabalha na limpeza», acrescenta o documento, sublinhando que, «em tempo de crise, a política tem de proteger mais as pessoas». 

Em vésperas da manifestação, a Lusa percorreu as ruas do bairro da Cova da Moura com o rapper Flávio Almada (LBC), um dos rostos do movimento e agente de educação familiar da Associação Cultural Moinho da Juventude. À passagem da reportagem, Emília Alves abeirou-se da porta de ferro da casa e disse que este sábado vai estar na concentração, no Marquês de Pombal, «porque o aumento dos preços está muito exagerado».

«Não há poder de compra. Os pobres estão cada vez mais pobres, os ricos estão cada vez mais ricos, por isso é necessário a manifestação. É preciso mais habitação, mais empregos, mais estabilidade, empregos com pagamentos justos para os trabalhadores», frisou.

Por se rever também no Manifesto Vida Justa – «As pessoas são vítimas de uma sociedade que acha normal pagar mal a quem trabalha» – e nos objectivos da manifestação, a Federação Nacional de Professores (Fenprof/CGTP-IN) apela à participação de docentes e investigadores no protesto, que termina com um momento musical a cargo de um grupo de batucadeiras.

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