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|mobilidade e transportes

Linha do Oeste cada vez mais desfasada das necessidades dos utentes

Com pouca oferta de comboios, avarias constantes nas composições e a recente redução nos horários, a Linha do Oeste continua a perder passageiros e concorre cada vez menos com o transporte rodoviário.

A Linha do Oeste foi renovada entre 1990 e 2004
A Linha do Oeste foi renovada entre 1990 e 2004Créditos / Notícias de Coimbra

Ruben Santos é um dos mil passageiros que se deslocam todos os dias de Torres Vedras para Lisboa nos autocarros da empresa Barraqueiro Oeste, porque, explica à agência Lusa, nos comboios da centenária Linha do Oeste «faltam horários» e as «viagens são mais demoradas» e «não são directas» a Lisboa.

No terminal rodoviário, Ruben encontra autocarros da empresa Barraqueiro Oeste a saírem em intervalos entre os dez e os 15 minutos, directos ao Campo Grande, em Lisboa, onde chegam 40 minutos depois, por 6,25 euros.

A oferta é ainda complementada pela Rede de Expressos, com cinco horários durante a manhã, autocarros directos a Sete Rios, em Lisboa, e a viagem a durar 45 minutos e a custar seis euros.

Na Linha do Oeste, tem apenas dois comboios durante a manhã, mas só o primeiro, das 6h15, segue para as estações de Sete Rios ou Entrecampos, em Lisboa, depois de passar em Meleças e Cacém, em Sintra. A viagem demora em média entre 1h20 e 1h30 e custa 5,65 ou 5,80. Com mudança de comboio em Sintra, a viagem chega às duas horas.

Já Maria de Jesus Ribeiro, de Caldas da Rainha, prefere o comboio para se deslocar todos os dias para trabalhar em Martinho do Porto, Alcobaça, mas, em declarações à Lusa, queixa-se da degradação do serviço, o que a obriga a viajar no autocarro da Rodoviária do Oeste.

«Sempre andei de comboio da Linha do Oeste. Como precisava de ir trabalhar para São Martinho, passei a comprar passe, que me custava 38 euros por mês. A viagem de comboio era dez minutos de Caldas a São Martinho ou vice-versa. Depois começou a haver supressões e muitos atrasos nos comboios e perdia horas à espera. Como o comboio das 17h30 foi suprimido, tive de optar pela rodoviária e estou a gastar mensalmente 61,50 e demoro meia hora», compara.

Fátima Santos utiliza uma vez por semana o comboio entre Torres Vedras e São Martinho do Porto, onde costuma passar os dias de folga. Com a redução de horários, tem de regressar de autocarro para Torres Vedras.

Às queixas, Anselmo Silva, de Lisboa, junta o mau estado das composições, todas pintadas com graffiti, o que considera «indigno».

«Os passageiros não conseguem ver para fora do comboio e são transportados como gado», acrescenta.

A Comissão de Utentes da Linha do Oeste vai «insistir para que seja possível alterar horários já a partir de Setembro, dado que muitas pessoas regressam de férias e há o início das aulas», de modo a ajustá-los às necessidades dos utentes, afirmou à agência Lusa Rui Pinheiro, utilizador e membro da comissão.

«Era importante que existissem mais serviços e mais horários não só para os estudantes, como também para quem trabalha diariamente. Caso contrário, as pessoas deixam de utilizar o comboio e vão à procura de alternativas», refere.

Desde 5 de Agosto, entraram em vigor novos horários, com a redução do número de comboios diários, uma forma de, segundo a comissão, minimizar as avarias e as supressões de comboios que havia com mais frequência antes dessa data.

Ainda assim, na passada quarta-feira, por exemplo, cinco comboios foram suprimidos porque uma composição avariou, de acordo com a comissão.


Agência Lusa

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