Foi assinado ontem o protocolo que prevê a construção de uma linha de metropolitano ligeiro nos concelhos de Loures e Odivelas. Com uma extensão total de cerca de 12 quilómetros, terá uma bifurcação: um dos lados com término no Hospital Beatriz Ângelo e outro no Infantado.
A concretização da obra ronda os 250 milhões de euros e será suportada pelo Plano de Recuperação e Resiliência, como foi anunciado durante a sessão pelo primeiro-ministro António Costa. A expansão do metro para Loures foi uma promessa eleitoral frequente do PS que, na prática, chumbou consistentemente esta proposta, incluindo nos últimos Orçamentos do Estado.
O primeiro-ministro dá a sua palavra: «Temos três anos para assumir compromissos e mais três para os executar. Aqui não pode haver atrasos. Aqui não pode haver mais passos atrás».
Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures (CML), por seu turno, reconhece a importância desta conquista, relembrando que esta sempre foi uma reivindicação da câmara:«no mandato anterior retomámos o tema do metro para Loures e para Sacavém, que estava há anos abandonado no Município. Muitos consideravam este objectivo impossível de alcançar, outros desvalorizavam as nossas iniciativas na convicção de que o assunto estava encerrado».
«É um dia histórico para este concelho», sublinhou, referindo que, para além da reivindicação política e mobilização das populações e entidades do concelho, o seu executivo foi capaz de «trabalhar para encontrar soluções possíveis e eficazes e para construir consensos. Comparticipámos financeiramente os trabalhos de execução dos projectos e aceitámos a tipologia do metro ligeiro de superfície».
Este transporte será uma resposta eficaz no único concelho adjacente a Lisboa que não dispunha de um transporte ferro-carril, permitindo agora a Loures desenvolver um conjunto de outros projectos importantes para o concelho: «O metro será um factor de desenvolvimento e de apoio à actividade económica, no Planalto da Caldeira, junto ao Hospital, e também na zona nascente de Loures».
«Está concretizado o planeamento de uma zona de actividades na área tecnológica e de serviços avançados, bem como vários equipamentos, incluindo uma Loja do Cidadão, um novo mercado e o futuro centro cultural», concretizou Bernardino Soares.
A CML retoma agora a reivindicação da criação de uma linha, também em metro ligeiro de superfície, para unir Santa Apolónia a Loures, com passagem por Moscavide, Portela e Sacavém. A autarquia tem a expectativa de que este investimento seja integrado no próximo quadro comunitário de apoio.
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