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Dificuldades dos pescadores reflectem imposições europeias

Numa intervenção realizada na Assembleia Legislativa dos Açores, a propósito da criação de compensações à paragem da pesca do goraz, o deputado do PCP, João Paulo Corvelo, recordou as «responsabilidades da União Europeia (UE) na situação das nossas pescas».

«Os pescadores açorianos estão entre as camadas mais sacrificadas pelas imposições europeias», afirmou João Paulo Corvelo
«Os pescadores açorianos estão entre as camadas mais sacrificadas pelas imposições europeias», afirmou João Paulo CorveloCréditos

Na discussão da proposta do BE, realizada na última quinta-feira, sobre a criação de compensações à paragem da pesca do goraz, João Paulo Corvelo frisou que o PCP não só concorda com a proposta, como a inscreveu, «de forma explícita», no programa eleitoral da CDU, apresentado aos açorianos nas últimas eleições regionais.

«E, se estamos de acordo com a compensação deste período de defeso em concreto, mais defendemos que ela se torne um precedente e que as paragens e outras medidas de conservação dos recursos piscícolas, que tenham efeitos sobre o rendimento dos pescadores, passem a ser compensadas com fundos europeus», defendeu.

João Paulo Corvelo acrescentou que «é da mais elementar justiça estabelecer processos de indemnização e compensação», realçando como «inaceitável» o facto de «continuarem a ser os nossos pescadores a arcar com os custos de medidas de conservação, por vezes tardias e cientificamente discutíveis». 

A responsabilidade das imposições europeias na situação «das nossas pescas e nas dificuldades dos nossos pescadores» é para o PCP uma questão incontornável, desde logo pelo modelo de gestão centralizado, que diz ser contrário aos interesses de Portugal e das suas regiões autónomas.

O decréscimo da frota artesanal desde a adesão à UE é uma evidencia clara: de 1947 embarcações restaram 600 e, acrescenta João Paulo Corvelo, «muitas delas passam períodos de pesca inteiros paradas por falta de rentabilidade».

O deputado ressalva que, de 2010 a 2015, as capturas tiveram uma quebra superior a 50% em volume e de quase 30% em valor e que, «embora com variações de ilha para ilha, a pobreza assume aspectos preocupantes nas comunidades piscatórias, e a queda dos rendimentos dos pescadores é deveras alarmante».

Acrescenta que os pescadores açorianos estão entre as camadas mais sacrificadas pela Política Comum de Pesca e critica «declarações cosméticas de boas intenções», na medida em que acabam por prevalecer «os interesses dos estados mais poderosos, mas desprovidos de território marítimo significativo».

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