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|Setúbal

Fórum Intermunicipal da Saúde manifesta-se a 15 de Abril

A entidade constituída pelos municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra marcou uma manifestação para 15 de Abril, em Setúbal, pela resolução dos problemas que afectam o acesso das populações aos cuidados de saúde.  

Centro Hospitalar de Setúbal 
CréditosAlex Gaspar

Na noite da passada quinta-feira, no salão nobre da Câmara Municipal de Setúbal, o Fórum Intermunicipal da Saúde reuniu várias entidades ligadas ao sector da saúde para discutir a decisão governamental de encerrar as urgências pediátricas do Hospital de São Bernardo, ao fim-de-semana, de 15 em 15 dias.

Segundo nota do Município sadino, cerca de meia centena de presentes no encontro aprovaram um documento por unanimidade, no qual se afirma uma «profunda preocupação face às dificuldades de funcionamento do Centro Hospitalar de Setúbal, em particular ao nível das carências de recursos humanos, intimamente ligadas à degradação da resposta aos utentes das populações abrangidas».

Neste sentido, foi deliberado «continuar a promover, por todos os meios, a exigência de soluções para que de uma forma planificada e efectiva sejam contratados os recursos humanos essenciais à resposta do Serviço Nacional de Saúde» e «promover em Setúbal uma manifestação pública, no próximo dia 15 de Abril, que congregue as populações da área de influência do Hospital de São Bernardo e os representantes do Poder Local».

A manifestação tem como objectivo exigir «a resolução dos problemas que estão identificados», e que se devem sobretudo à falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde, em particular no Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), onde, referiu o presidente André Martins, há cada vez menos médicos com idade e condições para fazerem serviço de urgência. 

Também o documento resultante do Fórum salienta que a carência de profissionais é «particularmente crítica» em especialidades como a pediatria e a obstetrícia e que a falta de recursos humanos é a «razão objectiva» da «falta de resposta do CHS», a qual tem «consequências cada vez mais evidentes na resposta deficitária do SNS» na região.

João Proença, presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), defendeu que o problema dos recursos humanos vai persistir enquanto não se resolverem questões como a grelha salarial, a progressão da carreira ou a diminuição do horário, porque os médicos estão a trabalhar «100 horas por semana».

Na reunião, e após dizer que os médicos aguardam que em 31 de Março o Governo dê uma «resposta cabal» às suas exigências, o responsável recordou que «muitos saem do SNS para empresas de trabalho externo, através das quais ganham "três vezes mais" a fazer urgências, e que "neste momento é difícil resolver o problema" da falta de recursos humanos nos quadros hospitalares, devido ao “envelhecimento e desmotivação" dos profissionais», refere-se na nota.

De acordo com o que foi anunciado no passado dia 13 de Março, o encerramento das urgências pediátricas de Setúbal deve ocorrer a partir de 1 de Abril, entre as 21h de sexta-feira e as 9h de segunda-feira, prolongando-se até 30 de Junho. O Fórum reage dizendo que o CHS é a «unidade de saúde de referência pediátrica» de «uma vasta região» e que a decisão do Governo de encerrar as urgências pediátricas «não inverte a progressiva degradação da capacidade de resposta dos serviços de saúde em causa», com «evidente prejuízo para os doentes e suas famílias».

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