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|Porto

Entre a publicidade e as pessoas, Rui Moreira escolheu o dinheiro

O processo de substituição das paragens de transportes públicos tem um único propósito: «proporcionar, a privados, o chorudo negócio da concessão da publicidade na via pública no Porto», denuncia a CDU.

A falta de transportes públicos leva a freguesia de Sobrado a sentir-se discriminada
Um dos abrigos que será substituído no PortoCréditos / JN

Até ao final do primeiro trimestre de 2023, a Câmara Municipal do Porto pretende substituir todos os 650 abrigos da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) por modelos modernos. A empreitada envolve a colocação de 400 mupis, 100 outdoors e 60 painéis publicitários.

Em nota de imprensa, a estrutura concelhia da CDU do Porto lamenta que esta intervenção não tenha como objectivo uma melhoria significativa das condições para os utentes dos transportes públicos. O propósito do executivo liderado por Rui Moreira (apoiado pela IL, CDS-PP e PSD) é proporcionar, aos privados, «o chorudo negócio da concessão da publicidade na via pública na cidade».

«Este é um traço caraterizador da gestão de Rui Moreira», enfatiza a coligação, que une o PCP e o Partido Ecologista «Os Verdes». Exemplo disso é a «concessão de parcómetros a privados – que não visa a regulação do estacionamento e da mobilidade, mas sim a política de "caça níqueis" rentabilizada por um privado».

Esta característica ajuda a compreender a razão para algumas das opções na intervenção nos abrigos no Porto. A parede opaca que será instalado do lado em que se aproxima o transporte – autocarro/eléctrico – impede os utentes de «verificar a aproximação dos mesmos e, em particular, a identificação da carreira». O objectivo mesmo é «aproveitar o lado com mais visibilidade para os condutores, para fins publicitários».

Outro caso paradigmático é o da «peregrina» ideia de, em alguns locais, «se colocarem os abrigos de costas para a faixa de rodagem». A justificação inicial, de servirem como forma de protecção contra a projecção de água pelas viaturas, pode parecer lógica, mas a CDU coloca a questão: «não seria mais fácil consertar os arruamentos?».

Utentes abandonados ao vento e à chuva

Para além de todos os aspectos negativos levantados pela CDU, os utentes queixam-se igualmente da forma como se está a processar a substituição dos abrigos. As paragens estão a ser integralmente desmontadas sem a sua reposição imediata, deixando dezenas de paragens, no Porto, sem qualquer abrigo onde os utentes se possam abrigar ou recolher informações sobre os horários e percursos, sujeitos a qualquer intempérie.

Compreendendo e associando-se à indignação manifestada pelos utentes dos transportes públicos na cidade, a CDU, na sua nota, reivindica, da parte da Câmara Municipal do Porto, «a adopção das medidas adequadas à correcção desta situação e, em especial, a adopção de medidas que impeçam a remoção de abrigos antigos enquanto não forem repostos os abrigos já retirados».

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