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Continua a «balbúrdia» na Transtejo, criticam utentes

A Comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal denuncia que, apesar dos novos horários, os utilizadores do transporte fluvial continuam a ser afectados pelas supressões e exige respostas da tutela. 

CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Em finais de Abril, a Transtejo anunciou a entrada de um novo horário em dias úteis na ligação fluvial do Seixal, «com o reforço da operação 100% eléctrica», a partir de 2 de Maio, mas os constrangimentos persistem para quem precisa do barco para chegar ao destino. Num comunicado enviado às redacções, esta quarta-feira, a Comissão de Utentes dos Transportes Públicos do Seixal afirma que as supressões «já são uma realidade». 

«Estamos à beira da explosão de raiva por tanto desprezo a que somos sujeitos, sabe-se lá porque razão! Será marginalização por sermos do Seixal ou lá trabalharmos? Será que não conseguem atinar com os novos barcos? Será que têm falta de pessoal? Será que pura e simplesmente são incompetentes? », lê-se na nota.

Acrescenta que os barcos a diesel continuam a fazer ligações entre o Seixal e Lisboa (Cais do Sodré). «Ainda hoje [dia 7], o barco mais pequeno da Transtejo, o "Fantasia" foi o escolhido para a ligação com partida do Seixal às 7.00 horas, um barco com 146 lugares e descrito pela empresa como "Navio dedicado, sobretudo, a atividades de âmbito turístico"», critica. Já esta segunda-feira, a estrutura havia denunciado que a administração da Transtejo/Soflusa não reforçou as ligações. «Para além de manter exactamente o mesmo número de ligações em ambos os sentidos, seja nos dias úteis, seja aos sábados, domingos e feriados, conseguiu o feito de cortar uma ligação na ponta da manhã na ligação Seixal-Lisboa(Cais do Sodré)». referia num comunicado divulgado então.

A comissão de utentes exige respostas por parte da empresa e do Governo, e alerta que «continuará firme na luta por condições dignas», ou seja, horários e ligações «realmente existentes», não permitindo que «esta balbúrdia e desprezo permaneçam impunes».

Há um mês, a Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul denunciava promessas feitas, mas «nunca concretizadas», e a consequente degradação do transporte fluvial, com críticas à governação de PS, PSD e CDS-PP.

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