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Cidadãos imigrantes realojados pelo município de Serpa

Um grupo de 24 cidadãos timorenses, actualmente sem contrato de trabalho, foram realojados temporariamente pela Câmara Municipal de Serpa, por se encontrarem em condições habitacionais indignas.

Créditos / DiáriodoAlentejo

Na manhã do dia 24 de Agosto, decorreu uma inspecção às condições em que vivem muitos dos imigrantes residentes na freguesia de Pias, em Serpa. A Segurança Social fez-se acompanhar por representantes da Junta de Freguesia de Pias e do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, pela GNR e pela Protecção Civil Municipal.

Dada a situação de emergência e a solicitação da Segurança Social, a Câmara Municipal de Serpa (CMS) «assumiu a responsabilidade do realojamento temporário destes cidadãos, garantindo ainda a entrega de alimentação, enquanto for necessário».

O grupo de cidadãos timorenses, 20 homens e quatro mulheres, não tinha, actualmente, um contrato de trabalho, encontrando-se a viver em condições habitacionais indignas.

O município alentejano procurou «criar as condições mínimas exigíveis para estas pessoas», não sem antes apelar à criação, por parte das autoridades competentes, de instrumentos legais que impeçam as situações de «vulnerabilidade social e desumana em que vivem estes homens e mulheres, que procuram, no nosso país, melhores condições de vida».

«Há quem se aproveite desta situação para fazer muito dinheiro»

«Temos verificado, todos os dias, a chegada de grupo de cidadãos timorenses ao concelho». Em declarações prestadas ao AbrilAbril, Carlos Alves, vice-presidente da Câmara de Serpa, assumiu não ter sido ainda possível identificar quem os traz ou para que efeito. 

Estas situações já se tornaram recorrentes no Alentejo: há várias casas em Serpa, de tipologia T2 ou T3, que «chegam a ter 40 pessoas instaladas lá dentro, timorenses ou de outras nacionalidades».

«São centenas de pessoas a viver nestas condições», lamenta Carlos Alves. «Abordei alguns deles, na rua, que me disseram estar a pagar 310 euros por uma cama. Não é um quarto, é só uma cama... Isto não é admissível».

«Estamos fartos de fazer chegar estas informações a quem de direito, para que, de facto, seja criada uma legislação que possa punir essas pessoas [que exploram imigrantes]», afirma o autarca. São populações muito fragilizadas, à mercê de todo e qualquer abuso: «durante a pandemia tentámos entrar em contacto com outros trabalhadores imigrantes, na mesma situação que estes. Fugiam frequentemente de nós... Tinham medo de represálias, de serem despedidos por falar».

«Tenho conhecimento de algumas pessoas, aqui em Serpa, a enriquecer muito à custa desta situação». Têm 10 a 12 moradias, alugam aos imigrantes e basta pôr 10 a 20 pessoas por habitação para arrecadar muitos milhares de euros todos os meses.  «O Governo diz que vai marcar uma reunião sobre o assunto mas a resposta tem de ser dada já!».

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