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Câmara de Loures acusada de encostar um bairro inteiro à parede

Os moradores do bairro em Santa Iria da Azóia, depois de terem ganho algum tempo graças à sua luta e a algumas reuniões com o município de Loures, receiam ser mandados para debaixo da ponte no dia 31 de Janeiro.

Créditos / Idealista

O movimento Vida Justa denuncia, através de comunicado, o facto de o apoio social da Câmara Municipal de Loures se ter cingido «a imprimir às famílias anúncios de casas no Idealista e no OLX», considerando que «o despejo apressado, bem como as ameaças de retirada de crianças à família, tornaram-se numa forma de punir os munícipes por não conseguirem pagar os preços praticados pelo mercado de arrendamento».

Por outro lado, chama a atenção para o «problema que atravessa diversos bairros de auto-construção da Área Metropolitana de Lisboa nos últimos tempos, que têm sofrido um rápido crescimento devido à falta de soluções criada pela especulação imobiliária e pela desresponsabilização do Estado pela construção pública», dando como exemplo o bairro do Talude, também em Loures, que »sofreu demolições nos últimos meses, e continua em situação de precariedade habitacional muito grave».

O Vida Justa reivindica que nenhuma família pode ser despejada sem alternativa de habitação, conforme estabelecido na Lei de Bases da Habitação, sublinhando que, «se a autoconstrução é inadmissível no Séc.XXI, como apregoam diversas autarquias da AML [Área Metropolitana de Lisboa], ainda mais inadmissível é a fábrica de sem-abrigos em que se tem tornado a especulação imobiliária em Portugal».

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