Tal como há quatro anos, os bloquistas mostram-se disponíveis para colaborar com Fernando Medina na gestão da Câmara Municipal de Lisboa. A confirmação veio de Catarina Martins numa acção de campanha, esta quarta-feira, em que esteve acompanhada pelo vereador Manuel Grilo, que recentemente autorizou uma acção do Bloco no centro de refugiados afegãos, local que as autoridades portuguesas pretendiam manter sigiloso.
A líder bloquista afirmou perante os jornalistas que «o Bloco de Esquerda nunca desiste de um acordo que possa melhorar a vida das pessoas» e que o trabalho que tem feito na Câmara da capital «não aconteceria se houvesse maioria absoluta do PS», apesar de a sua política nos últimos quatro anos ter passado, sobretudo, por dar a bênção às opções de Fernando Medina, validando antecipadamente os orçamentos e as grandes opções do plano do PS.
Entre os exemplos mais ilustrativos está o caso da linha circular do Metro de Lisboa, que os utentes repudiam, em que o BE teve o desafio camaleónico de se pôr de acordo com a medida no Município e contra na Assembleia da República.
A atribuição de benefícios fiscais a prédios de luxo foi outra matéria em que o actual vereador do BE votou ao lado de Fernando Medina, por não haver, argumentou então, «nada no quadro legal que permitisse votar contra». De resto, e quanto a especulação imobiliária, este foi um mandato que, como se sabe, não começou bem para o BE.
No quadro da habitação pública, falhou o compromisso acordado pelas duas forças políticas de mais 25 mil novas pessoas acederem a habitação acessível.
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