As iniciativas ao longo de dia 7 irão decorrer nos concelhos de Vila Real de Santo António, Tavira, Olhão, Faro, Loulé, Albufeira, Silves, Lagoa, Portimão e Lagos, informa numa nota emitida esta sexta-feira a Organização Regional do Algarve do PCP.
As portagens na Via do Infante foram impostas «contra a vontade dos trabalhadores e das populações do Algarve», denunciam os comunistas, lembrando que a decisão de 2011 «foi confirmada nos anos seguintes por sucessivos governos do PSD/CDS e do PS».
O prejuízo para a região foi grave, «constituindo-se como um factor de extorsão da riqueza» ali produzida, «por parte do grupo económico que ficou com a concessão desta via».
Estes dez anos de portagens foram um «factor de atraso ao desenvolvimento do Algarve, de agravamento da sinistralidade» – uma vez que parte do tráfego foi desviado para a EN 125 –, bem como de «perda de competitividade por parte das empresas na região e de empobrecimento das populações», lê-se no texto.
«O facto de a Via do Infante ter sido construída com dinheiros públicos e estar ao serviço da acumulação privada torna ainda mais grave a conivência de sucessivos governos com esta situação», destaca a CDU.
Ao longo dos anos, nem a coligação nem as populações «se conformaram» com a decisão, e a luta desenvolvida «obrigou os últimos governos do PS a reduzirem o valor das portagens», tal como ficou consagrado no Orçamento do Estado para 2021 – redução para 50% do valor das portagens, «contra a vontade do PS».
No entanto, os avanços alcançados «não resolveram em definitivo este problema» e, apesar das propostas sucessivas no sentido da abolição imediata das portagens, «PS, PSD e CDS opuseram-se sempre à sua eliminação», sublinha o texto, que lembra o chumbo desta semana pelos mesmos partidos, na Assembleia da República, a nova proposta do PCP.
«Se o Algarve ainda hoje tem portagens na Via do Infante, é porque PS, PSD e CDS assim o quiseram», denuncia a nota.
Sobre as alegadas virtudes das chamadas parcerias público-privado, com que alguns «não se cansam de acenar», os comunistas dizem que as obras na Via do Infante e na EN 125, «estão paradas com o Estado a pagar dezenas de milhões de euros à concessionária».
Quem ali puser a vista «facilmente verificará até onde a política de direita favorece os interesses dos grupos económicos», para prejuízo de «toda uma região e da população» que ali vive e trabalha.
Neste sentido, a CDU sublinha que vai continuar a intervir até que as portagens na Via do Infante sejam abolidas e que a EN 125 seja integralmente requalificada.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui