«Entre 2019 e 2020 o ex-embaixador Jesús Silva foi convocado várias vezes ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e uma vez à Vice-presidência para o alertar sobre acções violentas que Leopoldo López planeava na sua residência», escreveu Jorge Arreaza na sua conta de Twitter.
O chefe da diplomacia venezuelana referiu que, em múltiplas oportunidades, as autoridades venezuelanas informaram directamente o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol, o ex-titular da pasta Josep Borrell e a actual ministra, Arancha González, exigindo-lhes que cumprissem a Convenção sobre Relações Diplomáticas e respeitassem as leis do país sul-americano.
Desta forma, Arreaza apoiou as declarações ontem proferidas em conferência de imprensa pelo presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), Jorge Rodríguez. Na ocasião, apresentou novas provas sobre a participação de López e do ex-deputado Juan Guaidó – o aparentemente ex-estimado – na fracassada tentativa de incursão terrorista de 3 de Maio de 2020, designada como «Operação Gedeón».
Rodríguez mostrou testemunhos do desertor Juan Gutiérrez Aranguren, capturado recentemente pelas forças de segurança, que confirmou as denúncias anteriormente formuladas pelo governo venezuelano sobre o papel da Colômbia na organização desta incursão paramilitar, informa a Prensa Latina.
O presidente da Assembleia Nacional reafirmou que Leopoldo López – actualmente radicado em Madrid, onde foi muito bem recebido pelas autoridades locais – coordenou os planos da conspiração para assassinar Nicolás Maduro e perpetrar um golpe de Estado na Venezuela quando se encontrava sob protecção da Embaixada de Espanha em Caracas, depois de violado o regime de prisão domiciliária a que estava submetido no dia 30 de Abril de 2019.
Neutralizado atentado à bomba contra o Parlamento
Na conferência de imprensa, Rodríguez referiu-se ainda a Leopoldo López como autor intelectual de um atentado com explosivos contra a sede do Parlamento venezuelano, que foi neutralizado na semana passada pelos serviços secretos.
Um indivíduo que pretendia colocar um artefacto explosivo na Assembleia Nacional para o fazer detonar durante uma das sessões parlamentares foi capturado, precisou Rodríguez, tendo acrescentado que nos próximos dias serão fornecidos mais detalhes sobre a questão.
O presidente da Assembleia Nacional anunciou ainda a criação de uma comissão parlamentar especial para investigar a fundo os factos ocorridos em 2020 em torno da «Operação Gedeón» e das demais acções violentas contra o país.
O presidente da República, Nicolás Maduro, congratulou-se com esta decisão e disse que o Executivo irá dar todo o apoio às pesquisas sobre as conspirações planeadas na Colômbia contra a paz e a estabilidade da Venezuela.
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