No passado dia 1 de Março, o Grupo Implika anunciou o início de um processo de despedimento colectivo que contempla a destruição de mais de 185 postos de trabalho em todo o Estado, revela o sindicato ELA.
De acordo com o plano, a maioria dos trabalhadores afectados são de Bilbau – cem em 156 trabalhadores deviam ir para a rua, pelo que, logo a 16 de Março, os trabalhadores deram início a uma greve por tempo indeterminado.
Desde então, realizaram manifestações, piquetes de greve, concentrações, informações sobre o processo em curso, que, defende o ELA, é «injusto» e se baseia em razões «infundadas».
Entretanto, o Grupo Implika deu por concluídas as negociações e, só em Bilbau, já avançou com o despedimento de 87 trabalhadores. Nas reuniões mantidas até 14 de Abril, a direcção da empresa manteve-se inflexível, denuncia o ELA, apesar das propostas apresentadas pelo sindicato.
Mesmo neste contexto, com 60% do pessoal despedido, os trabalhadores não desistem e, ontem, voltaram a concentrar-se, na capital biscainha, frente a uma das empresas do grupo, a Master D, para denunciar o despedimento, sublinhar que 90% dos trabalhadores despedidos são mulheres e assinalar 50 dias de greve.
Também foram despedidos trabalhadores noutros centros do Grupo Implika no País Basco – Donostia e Pamplona – e no resto do Estado, refere o ELA, afirmando que vai continuar a lutar pela manutenção dos postos de trabalho e que está a preparar um processo contra o despedimento colectivo.
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