|Cuba

Também no Vietname se exige a retirada de Cuba da lista unilateral dos EUA

A exclusão definitiva e permanente de Cuba da lista unilateral criada pela administração norte-americana sobre estados que alegadamente patrocinam o terrorismo foi reclamada no país asiático.

Vietname e Cuba mantêm sólidas relações de amizade (imagem de arquivo) Créditos / VNA

«Os Estados Unidos deveriam considerar a eliminação permanentemente da Ilha dessa relação, travando assim a imposição de uma série de medidas de bloqueio económico e financeiro irracionais e infundadas que afectam gravemente a vida do povo irmão cubano», afirma numa declaração a Associação de Amizade Vietname-Cuba.

No documento, subscrito pelo vice-presidente da entidade, Nguyen Viet Thao, a associação diz ter tido conhecimento, através da imprensa e agências diplomáticas, de que no passado dia 15 o governo norte-americano decidiu tirar Cuba da lista dos países que não cooperaram com os esforços antiterroristas dos EUA em 2023.

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Na Bolívia exige-se o fim do bloqueio dos EUA a Cuba

Dezenas de pessoas, membros de organizações de esquerda, reclamaram este domingo, em La Paz, o fim do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos à Ilha.

Solidariedade com Cuba (e a Palestina) este domingo, 28 de Abril de 2024, em La Paz, capital da Bolívia 
Créditos / Prensa Latina

Na Praça Maior de São Francisco, no centro de La Paz, pessoas que se formaram na Escola Latino-americana de Medicina (ELAM), em Havana, membros do Movimento Guevarista da Bolívia/ELN, representantes do Partido Comunista da Bolívia e da sua organização juvenil, e activistas ligados ao Movimento Boliviano de Solidariedade com Cuba – La Paz juntaram-se para dar corpo à mobilização do último domingo do mês.

«Sem esse bloqueio criminoso e genocida, Cuba seria hoje uma potência na promoção de um mundo melhor pela sua política humanista e solidária», afirmou a médica Hady Alarcón, que se formou na ilha caribenha.

Por seu lado, Roxana Vaca falou em nome dos filhos dos mártires da guerrilha do comandante Ernesto Che Guevara na Bolívia, tendo manifestado o seu reconhecimento a um povo que ao longo de mais de seis décadas resistiu de forma exemplar à agressividade da administração norte-americana.

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Encontro na África do Sul vincou solidariedade continental com Cuba

Com a adopção de um plano de acção e de uma declaração final pelos 245 delegados oriundos de 28 países, terminou, esta quarta-feira, o VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba.

O VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba reniu 245 delegados de 245 países em White River, nas imediações de Mbombela (África do Sul) 
Créditos / Prensa Latina

A proposta de acções para reforçar a colaboração com Cuba abrange as áreas da Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, Solidariedade Pan-africana e Cooperação Económica.

Ainda iniciativas relativas à Solidariedade Povo a Povo e às relações Governo a Governo e Diplomáticas, Cultura, Mulher e Juventude, informa a agência Prensa Latina, que dá conta do apelo feito pelos delegados no sentido de se reforçar a luta por uma ordem mundial pacífica e justa.

Os participantes, que condenaram o bloqueio norte-americano a Cuba e os seus impactos extraterritoriais, bem como a ocupação estrangeira da Baía de Guantánamo, aprovaram ainda, entre outras medidas programáticas, a intensificação dos protestos pacíficos, visando as embaixadas norte-americanas.

Na agenda desses protestos políticos incluir-se-á igualmente a denúncia das tentativas de desestabilização que os EUA promovem contra Cuba, assim como a exigência da retirada da Ilha da lista unilateral criada por Washington de alegados patrocinadores do terrorismo.

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África do Sul acolhe encontro continental de solidariedade com Cuba

Delegações de mais de 20 países participam no encontro que decorre até quarta-feira em Mbombela, com o intuito primordial de dinamizar a solidariedade africana com Cuba, no contexto do bloqueio.

Cartaz do VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba 
Créditos / @_cosatu

O VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba começa hoje e prolonga-se até dia 17 em Mbombela (antiga Nelspruit), capital da província oriental Mpumalanga, na África do Sul.

Organizado pelo Congresso Nacional Africano (ANC), o Partido Comunista Sul-Africano (SACP), o Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (Cosatu) e a Organização Cívica Nacional Sul-Africana (Sanco), o encontro visa reforçar a unidade entre os movimentos solidários com a Ilha em todo o continente e deixar claro, mais uma vez, que Cuba não está sozinha, num contexto de recrudescimento do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos.

Participam no evento diversas gerações, incluindo dirigentes juvenis e personalidades históricas, refere a agência Prensa Latina, acrescentando que, de acordo com o programa, farão uso da palavra altos dirigentes políticos e governamentais da África do Sul, numa edição que também celebra os 112 anos de existência do ANC.

Outros momentos de destaque serão as homenagens aos heróis nacionais de Cuba, José Martí, e de Angola, Agostinho Neto, bem como ao líder histórico da revolução cubana, Fidel Castro.

Numa edição que tem como lema «O Compromisso de África com a Revolução Cubana», haverá várias comissões de trabalho devotadas ao debate sobre a história da revolução cubana e o seu contributo para a luta internacional em prol de uma ordem mundial mais justa e equitativa, refere a fonte, informando que, até quarta-feira, deverão ser ainda definidas estratégias conjuntas e acções de solidariedade com a Ilha.

Além de partidos, movimentos e associações da região, está confirmada a presença de delegações de países de outras regiões do mundo. A de Cuba é liderada por Fernando González Llort, Herói da República e presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP).

O primeiro encontro deste género também decorreu na África do Sul, em 1995, contando com a participação de 12 países e tendo sido co-presidido pelo então presidente da África do Sul, Nelson Mandela, por Sergio Corrieri, presidente do ICAP na altura, e pelo padre Michael Lapsley, presidente da Sociedade dos Amigos de Cuba (Focus).

Seguiram-se, com mais participantes, os encontros no Gana (1997), em Angola (2010), Etiópia (2012), Namíbia (2017) e Nigéria (2019).

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Na declaração final do encontro, que decorreu de segunda a quarta-feira em White River, nas imediações de Mbombela (capital da província sul-africana de Mpumalanga), os presentes apelaram à colaboração com os países do BRICS na busca de sistemas monetários e de pagamentos internacionais alternativos, incluindo os interbancários com Cuba, indica a agência.

Além disso, pronunciaram-se a favor da construção de Redes da Verdade Regionais e Continentais Africanas para combater «a propaganda imperialista liderada pelos Estados Unidos e o conteúdo mediático malicioso contra Cuba».

Amigos de Cuba homenageados

No decorrer da jornada final do encontro, vários sul-africanos com uma longa trajectória de amizade, solidariedade e lealdade com Cuba foram distinguidos. Um deles, a título póstumo, foi Christopher Matlhako, a quem Fernando González, Herói da República de Cuba e presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), atribuiu a Ordem da Solidariedade, depois de esta ter sido conferida por decreto ao comunista sul-africano e secretário-geral da Sociedade dos Amigos de Cuba (Focus), por Díaz-Canel.

Fernando González entregou ainda a Medalha da Solidariedade à Focus, nomeadamente pelo seu importante contributo para a realização de eventos regionais de solidariedade com Cuba.

Receberam-na, em nome da associação solidária, o padre Michael Lapsley, destacado lutador anti-apartheid e presidente honorário da Focus, Hope Papo e Moeketsi Sekhokoane.

Prevalência da solidariedade entre Cuba e África

No encerramento do evento, o embaixador de Cuba na África do Sul, Enrique Orta, recordou as ligações históricas entre África e a Ilha, laços que, afirmou, vão continuar a ser fortes durante muitas gerações.

Na jornada final do encontro, sul-africanos com uma longa trajectória de amizade, solidariedade e lealdade com Cuba foram distinguidos / PL

Estes três dias do encontro, destacou, foram testemunhas da prevalência do espírito solidário, centrado não apenas entre Cuba e o continente africano, mas também em todas as causas justas e progressistas do mundo.

O evento mostrou que trabalhar juntos é a única forma de articular os nossos esforços e de levar a efeito acções concretas de solidariedade, acrescentou o diplomata, lembrando que milhares de colaboradores cubanos serviram em África e que milhares de jovens africanos se formaram em Cuba.

No VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba estiveram, segundo os organizadores, 245 delegados provenientes de 28 países, incluindo membros de partidos políticos e associações de solidariedade da República Árabe Saarauí Democrática, África do Sul, Zimbabwe, Namíbia, China, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Irão, Moçambique, Botswana, Angola, entre outros.

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«Erguemos a voz contra a política genocida de Washington; viemos defender o modelo de vida assente no amor, em nome do qual exigimos que se apague o nome de Cuba da lista espúria e unilateral, fabricada pelos Estados Unidos, de países patrocinadores do terrorismo», disse a activista, citada pela Prensa Latina.

Roxana Vaca pediu ainda o fim da política norte-americana de imposição de bloqueios, de patrocínio de genocídios, como o que Israel está a cometer na Palestina, e de financiamento das milionárias campanhas de mentiras divulgadas a cada minuto pelas grandes cadeias mediáticas, indica a fonte.

O médico Omar Zambrana, que se formou em Cuba, falou das suas vivências nos hospitais cubanos durante o tempo em que residiu na Ilha, onde pôde «sentir a emoção de salvar vidas com um serviço gratuito para todos».

Ali viu também como, devido à barreira imposta pelo bloqueio, se torna impossível adquirir fármacos, materiais e peças de substituição para equipamentos como os tomógrafos, cuja utilização beneficia todos os cidadãos sem diferenciações de ordem política, racial, de género ou geracional.

«Por isso estamos aqui, a apoiar um país que com dignidade exemplar luta e resiste em prol de um mundo melhor, face ao império mais poderoso do mundo», disse Zambrana.

Entre as dezenas de participantes na mobilização, encontrava-se a também médica Nila Heredia, ex-ministra da Saúde e ex-presidente da Comissão da Verdade da Bolívia.

Dirigente do Movimento Guevarista da Bolívia/ELN, Heredia afirmou que aqueles que bloqueiam Cuba e enviam milhões de dólares para difamar a sua Revolução são os mesmos que promovem um genocídio na Palestina.

Cuba agradece mobilizações solidárias pelo mundo fora

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O mundo novamente com Cuba e Israel outra vez com os EUA

A Ilha voltou a alcançar uma vitória na luta que mantém contra o bloqueio norte-americano, obtendo o apoio esmagador (185 votos) à resolução que apresentou na Assembleia Geral da ONU.

A Assembleia Geral da ONU voltou a mostrar uma oposição esmagadora ao cerco imposto pelos EUA a Cuba 
Créditos / Prensa Latina

Estados Unidos e Israel – o fiel aliado – foram os únicos países que votaram contra o texto sobre a necessidade de pôr fim ao cerco a Cuba, apresentado, pela 30.ª vez, no 77.º período de sessões na Assembleia Geral das Nações Unidas. Brasil e Ucrânia abstiveram-se.

A votação desta quinta-feira foi antecedida pelos discursos de representantes de múltiplos países e organizações regionais, que, desde o dia anterior, vincaram a importância de acabar com a política do cerco económico, comercial e financeiro, que sobreviveu a 11 administrações da Casa Branca e é classificada como o principal obstáculo ao desenvolvimento do país caribenho.

Painel com o resultado da votação da resolução apresentada por Cuba sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio / PL

Ao intervir, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, sublinhou que o bloqueio procura infligir o máximo dano possível às famílias cubanas, que se trata de uma medida «cruel e desumana», e que constitui um acto de guerra económica para destruir a capacidade do país de dar resposta às necessidades da população.

«Deixem Cuba em paz. Cada família cubana estaria melhor sem bloqueio. Os Estados Unidos seriam um país melhor sem o bloqueio. O mundo seria melhor sem o bloqueio», frisou, citado pela Prensa Latina.

Lembrando que, desde 2019, a Casa Branca levou o cerco à Ilha para uma nova dimensão, «mais cruel», o diplomata destacou que, nos primeiros 14 meses da administração de Joseph Biden, os danos ascenderam a 6,3 mil milhões de dólares, o que equivale a mais de 15 milhões de dólares por dia.

Neste sentido, referiu que o bloqueio «cria as condições que alimentam as migrações irregulares, desordenadas e inseguras, a dolorosa separação das famílias, e contribui para o crime do tráfico de seres humanos».

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Bloqueio contra Cuba condenado em várias cidades norte-americanas e no mundo

A exigência do fim do bloqueio económico, financeiro e comercial imposto à Ilha há mais de 60 anos pelos EUA fez-se ouvir em várias cidades norte-americanas e também noutros pontos do mundo.

Manifestação em Nova Iorque, dia 29 de Outubro de 2022, contra o bloqueio a Cuba, a aquecer os motores para a votação de 2 e 3 de Novembro, nas Nações Unidas, da resolução sobre a necessidade de pôr fim ao cerco unilateral imposto por Washington 
Créditos / Prensa Latina

Em Miami, realizou-se uma caravana organizada pelo movimento Puentes de Amor, para reafirmar no estado da Florida a exigência do fim do cerco a Cuba, com a participação de cubanos ali residentes e de outras pessoas solidárias que vivem na cidade.

No estado do Maine, ocorreu uma iniciativa semelhante, também para reclamar uma mudança de atitude por parte da administração do presidente Joe Biden e para apoiar a Ilha na sua autodeterminação, informa a Prensa Latina.

Igualmente em território norte-americano, realizaram-se mobilizações contra o bloqueio unilateral que afecta as famílias cubanas em Portland (Oregon), Minneapolis e Duluth (Minnesota), e Phoenix (Arizona).

Há poucos dias, teve lugar em Hartford, capital do estado de Connecticut, uma manifestação para exigir o fim do bloqueio a Cuba, organizada pelos movimentos Nemo (NoEmbargoCuba), Greater Hartford Peace Council e Connecticut Peace and Solidarity Coalition.

Já em Nova Iorque, realizou-se no sábado uma marcha como prelúdio à votação da resolução na Assembleia Geral da ONU, nos dias 2 e 3 de Novembro, sobre a necessidade de acabar com o bloqueio por parte de Washington.

Esta marcha integrou-se numa agenda de mais de 30 actividades para exigir a Washington a eliminação do bloqueio, que são protagonizadas por uma coligação que reúne cerca de uma centena de organizações solidárias, unidas sob o lema «UN Vote 4 Cuba».

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Biden segue os passos de Trump no que respeita a Cuba

O bloqueio imposto pelos EUA a Cuba mostra uma agressividade sem precedentes, denunciou o diplomata Bruno Rodríguez, que acusou Biden de seguir a política de máxima pressão do seu antecessor.

Mobilização no Reino Unido contra o bloqueio imposto a Cuba 
Créditos / @BrunoRguezP

Ao apresentar, esta quarta-feira, um novo relatório sobre o impacto do cerco unilateral, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou que, entre Agosto de 2021 e Fevereiro de 2022, o bloqueio provocou perdas superiores a 3,8 mil milhões de dólares, verba que, aponta a Prensa Latina, o diplomata classificou como «histórica» para um período de apenas sete meses.

Em conferência de imprensa, o chefe da diplomacia cubana lembrou que a política unilateral referida ganhou um nível sem precedentes com o governo do ex-presidente Donald Trump (2017-2021).

Em simultâneo, destacou que o bloqueio imposto à Ilha apresenta uma dimensão maior, mais perversa e daninha, com uma qualidade agressiva que não tinha tido antes, indica a agência cubana.

Só nos primeiros 14 meses da administração de Joe Biden, os prejuízos causados pelo bloqueio atingiram mais de 6,3 mil milhões de dólares, o que representa um dano superior a 454 milhões de dólares por mês e mais de 15 milhões de dólares por dia.

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O bloqueio imposto a Cuba é «criminoso, ilegal e ilegítimo»

Realiza-se esta segunda-feira, às 18h, junto à Embaixada de Cuba em Portugal, um acto público de solidariedade com o país caribenho e o seu povo, para reafirmar a exigência do fim do bloqueio.

A Assembleia Geral das Nações Unidas tem votado de forma esmagadora contra o bloqueio imposto pelos EUA contra Cuba
A Assembleia Geral das Nações Unidas tem votado de forma esmagadora contra o bloqueio imposto pelos EUA a Cuba Créditos / Celag

Sob o lema «Fim ao bloqueio dos EUA! Cuba vencerá!», a iniciativa tem lugar na Rua Pero da Covilhã, em Lisboa, e visa também reclamar às autoridades portuguesas «uma acção determinada» em prol da soberania e do direito do povo cubano ao desenvolvimento.

Deste modo, as organizações promotoras e todos aqueles que se associarem ao evento irão demonstrar mais uma vez que «Cuba e o seu povo não estão sós» – destaca o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) na nota de divulgação do acto solidário.

«O bloqueio económico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos da América é criminoso, ilegal e ilegítimo», sublinha o texto, lembrando que o cerco, imposto há mais de 60 anos e por diversas vezes agravado, «procura atingir directamente as condições de vida do povo cubano e direitos tão fundamentais como a saúde, a alimentação ou o desenvolvimento».

Só entre Abril e Dezembro do ano passado – precisa a nota publicada na página de Facebook do CPPC –, o bloqueio provocou prejuízos superiores a 3,5 mil milhões de dólares à economia cubana, tendo ainda, no contexto da pandemia, dificultado o acesso do povo cubano a medicamentos e equipamentos médicos.

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Vice-presidente da AR condena bloqueio a Cuba

António Filipe, um dos vice-presidentes da Assembleia da República, condenou o bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA contra Cuba, que tem sido intensificado apesar da Covid-19.

António Filipe, deputado do PCP e um dos vice-presidentes da AR 
Créditos / Prensa Latina

Numa entrevista concedida ao jornalista Frank González, da Prensa Latina, António Filipe disse que, num momento em que «todos deviam estar unidos no combate à pandemia», Washington intensificou as medidas coercivas unilaterais contra a Ilha e «prejudicou muito gravemente o esforço comum que é preciso realizar sobre este assunto».

O jurista e professor universitário de 58 anos, deputado eleito pelo Partido Comunista Português (PCP) desde 1989, enalteceu a ajuda internacional prestada pelo país caribenho durante a emergência sanitária, algo que, disse, não só mostrou ao mundo a medicina cubana, mas também o trabalho solidário de Cuba para com muitos países.

«Ao nível dos profissionais da saúde, vimos que há situações de calamidade em países que necessitam de apoio médico e Cuba está na primeira linha, não apenas em países subdesenvolvidos, mas também em países europeus, como é o caso de Itália», referiu.

«O esforço de Cuba para combater a pandemia de Covid-19 com o desenvolvimento de vacinas próprias deve ser valorizado e não ser condenado ao ostracismo», disse António Filipe ao referir-se ao recrudescimento do acosso ao país antilhano por parte dos últimos governos norte-americanos.

«O esforço de Cuba para combater a pandemia de Covid-19 com o desenvolvimento de vacinas próprias deve ser valorizado e não ser condenado ao ostracismo»

Na conversa que manteve com a agência cubana na Assembleia da República, o deputado, que preside ao Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Cuba, afirmou que a agressividade do imperialismo com todos os países não alinhados com o seu domínio é imensa, e reclamou da União Europeia (UE) uma maior desvinculação relativamente à política dos Estados Unidos.

Recordou que os países-membros da UE votam contra o bloqueio na Assembleia Geral das Nações Unidas e que empresas europeias mantêm relações económicas e comerciais com Cuba.

No entanto, insistiu, a UE deve ter uma maior autonomia política relativamente aos interesses norte-americanos na América Latina, o que favoreceria «um melhor desenvolvimento das relações de amizade e cooperação» com essa região.

No que respeita aos laços entre Portugal e Cuba, disse que o país europeu manteve uma política de abertura e cooperação em relação à Ilha, à margem de divergências políticas, e destacou como «um passo importante» a visita realizada a Havana pelo Presidente da República em 2017.

«É sempre um grande prazer poder falar para Cuba e dizer-lhe que não está sozinha aqui, em Portugal»

Sublinhou, além disso, o bom estado das relações entre os parlamentos dos dois países, o que reflecte a relação de amizade existente entre os diferentes partidos políticos portugueses e Cuba, não apenas do PCP, apesar da diversidade de opiniões sobre o país caribenho e a sua vida política.

António Filipe enviou «um forte abraço de solidariedade e amizade para Cuba», que, no meio de «um cruel bloqueio», continua a ser uma grande referência para os progressistas de todo o planeta, que aspiram a um mundo mais justo e fraterno.

«É sempre um grande prazer poder falar para Cuba e dizer-lhe que não está sozinha aqui, em Portugal, onde tem amigos que farão todo o possível para continuar a lutar contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos», frisou.

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O bloqueio, denunciam as organizações promotoras, é um instrumento que os EUA utilizam na sua política de imposição de uma "mudança de regime" em Cuba».

Essa política, «ilegal à luz do direito internacional», passa igualmente pela sistemática ingerência e campanha de desinformação, por tentativas de desestabilização, de impedir a acção das brigadas médicas internacionais cubanas ou de limitar a solidariedade internacional a Cuba, explica a nota.

«O bloqueio é uma forma particularmente cruel de agressão a que urge pôr cobro», defendem os promotores da iniciativa solidária que amanhã se realiza em Lisboa.

Nesse sentido, lembram que essa «justa exigência» tem vindo a ser afirmada há três décadas pela grande maioria dos países em sucessivas votações na Assembleia Geral das Nações Unidas. Na mais recente, este ano, 184 países votaram a favor do levantamento do bloqueio, EUA e Israel votaram contra e apenas três países se abstiveram.

«Cuba, sempre solidária, necessita da nossa solidariedade», afirmam os promotores, que, por isso, clamam: «Não faltaremos!»

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Ainda assim, Rodríguez considerou que os anúncios da Casa Branca sobre Cuba realizados em Maio último são «positivos» e vão na «direcção correcta», mas com um carácter «muito limitado» e que «não altera o alcance e a profundidade dessa política».

«A existência do bloqueio é uma realidade inocultável, ninguém poderia seriamente afirmar que não existe ou é um mero pretexto, é tangível e atinge e prejudica cada família do país caribenho, cubanos que vivem nos Estados Unidos, cidadãos norte-americanos e empresas de todo o mundo», disse o ministro cubano na apresentação do relatório.

Rodríguez destacou que os poucos fornecedores que decidiram manter o abastecimento de produtos à Ilha aumentaram os preços e, ao mesmo tempo, os EUA aplicam medidas de intimidação e perseguição às empresas de abastecimento de combustível.

«Cuba tem direito a viver sem o bloqueio»

Apesar das adversidades, as transformações no país caribenho não pararam, disse o diplomata, que deu como exemplo a expansão e o registo de milhares de novas e pequenas empresas, tanto estatais como privadas.

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O mundo novamente com Cuba

A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar, de forma esmagadora, a resolução que pede o fim do bloqueio a Cuba. A diplomacia cubana sublinhou o «indiscutível isolamento dos Estados Unidos».

 Resultado da votação, na Assembleia Geral das Nações Unidas, da resolução apresentada por Cuba contra o bloqueio imposto pelos EUA, a 7 de Novembro de 2019
Créditos / HispanTV

A resolução «Necessidade de pôr fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba» foi aprovada, esta quinta-feira, com 187 votos a favor e as abstenções da Colômbia e da Ucrânia. Apenas se opuseram ao levantamento do bloqueio os Estados Unidos, Israel e o Brasil. A Moldávia não exerceu o seu direito ao voto, pelo que não entrou na contagem da votação.

Trata-se da 28.ª vez consecutiva, desde 1992, que a grande maioria dos estados-membros das Nações Unidas pede, na sua Assembleia Geral, o levantamento do cerco imposto por Washington à ilha caribenha há quase seis décadas.

Na véspera do dia de votação, mais de 40 representantes de países e organizações internacionais, como o Movimento de Países Não Alinhados e o Grupo dos 77 mais China (G77+China), pronunciaram-se contra o bloqueio e exigiram o fim da sua aplicação.

Diplomatas e altos representantes de vários países condenaram o recrudescimento da política hostil, bem como as medidas coercitivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos a Cuba.

Ao intervirem – lembra a Prensa Latina –, denunciaram de modo reiterado o aumento das agressões de Washington contra a maior ilha das Antilhas e sublinharam que o cerco norte-americano representa o principal obstáculo ao desenvolvimento sustentável de Cuba, constituindo além disso uma violação dos direitos humanos de todo um povo.

Fortes pressões e chantagens dos EUA

Apesar da rejeição esmagadora do cerco a Cuba na Assembleia Geral das Nações Unidas desde 1992, a administração norte-americana não só insiste na sua política hostil como a incrementa. Para além disso, à semelhança de outros anos, os EUA voltaram a exercer fortes pressões e chantagens sobre vários países – sobretudo os latino-americanos – para que alterassem o seu posicionamento relativamente ao bloqueio.


Tais medidas e manobras de bastidores foram denunciadas pelo ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, que lembrou ainda o fracasso da representação dos EUA nas Nações Unidas, o ano passado, na tentativa de emendar e alterar a natureza do documento, e, desse, modo, enfraquecer o apoio a Cuba.

De acordo com dados oficiais divulgados pelas autoridades cubanas, o cerco imposto por Washington a Cuba há quase seis décadas provocou prejuízos superiores a 922 630 000 000 de dólares. No entanto, destacou o diplomata cubano, «os danos humanos causados por essa política genocida são incalculáveis».

No debate sobre a resolução, o ministro cubanos dos Negócios Estrangeiros afirmou que os Estados Unidos não têm «qualquer autoridade moral para criticar o seu país ou outro qualquer em matéria de direitos humanos», tendo apresentado diversos dados sobre pobreza, desigualdade, apoios sociais, saúde, educação, violência, racismo ou repressão que fazem dos EUA um dos maus exemplos, a nível mundial, no que aos direitos humanos respeita.

Na sua conta de Twitter, Bruno Rodríguez, referiu-se ainda à votação como «uma outra contundente vitória de Cuba, do seu povo heróico», que reflecte um «indiscutível isolamento dos EUA».

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Referiu-se igualmente à aposta permanente do país no desenvolvimento científico, na tecnologia e inovação como pilar da gestão de governo e das transformações que «garantem o progresso do nosso modelo socialista», disse.

«O bloqueio continua a limitar estes esforços, jamais renunciaremos ao nosso projecto de justiça social», frisou, citado pela Prensa Latina.

«Cuba tem direito a viver sem bloqueio, em paz e, dessa forma, os Estados Unidos seriam também um país melhor», afirmou ainda o diplomata.

No próximo mês de Novembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas irá analisar e votar, pela trigésima vez, a questão do cerco imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba.

Nas ocasiões anteriores, a política norte-americana em relação à Ilha foi rejeitada de forma quase unânime, tanto pelo «resto do mundo» como pela chamada «comunidade internacional».

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Além disso, a associação Codepink entregou ao Departamento de Estado uma petição subscrita por mais de 10 mil pessoas e mais de 100 organizações em que se pede a retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo.

Na sua conta de Twitter, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, valorizou estas iniciativas, nos Estados Unidos, a favor do levantamento do bloqueio e da saída de Cuba da lista unilateral criada por Washington com países patrocinadores do terrorismo.

Acrescentou que as manifestações de solidariedade com a Ilha ocorrem na antevéspera de «outra contundente condenação da comunidade internacional nas Nações Unidas, no próximo 2 e 3 de Novembro».

Recentemente, ao apresentar um novo relatório sobre o impacto do cerco unilateral, Bruno Rodríguez, afirmou que, entre Agosto de 2021 e Fevereiro de 2022, o bloqueio provocou perdas superiores a 3,8 mil milhões de dólares, verba que classificou como «histórica» para um período de apenas sete meses.

Em solidariedade com Cuba e a aquecer os motores para a votação de 2 e 3 de Novembro, nos últimos dias houve concentrações, mobilizações, declarações de apoio a Cuba em países como Nicarágua, Argentina, Canadá, Bahamas, Venezuela, Líbano, Palestina, Bélgica, Chile, Uruguai, Itália, Equador, Peru, Suécia, Bolívia, entre outros.

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Rodríguez referiu-se igualmente ao impacto extraterritorial desta política de asfixia, que «fere a soberania dos países das Nações Unidas, sanciona os seus empresários e impede o acesso aos seus portos dos barcos de terceiros que atracaram em Cuba».

A resolução agora aprovada junta-se às 29 que mereceram o apoio da grande maioria dos países na Assembleia Geral das Nações Unidas desde 1992 – só em 2020 Cuba não levou o texto ao plenário, devido à pandemia de Covid-19.

Na votação sobre a resolução proposta a 23 de Junho do ano passado, 184 países mostraram-se a favor da eliminação do cerco, dois contra (Estados Unidos e Israel) e três abstiveram-se (Brasil, Ucrânia e Colômbia).

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Em alusão a mais um «último domingo de mês sinónimo de solidariedade com Cuba», o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, agradeceu, na sua conta de Twitter (X), as mobilizações protagonizadas por amigos do país e compatriotas em várias partes do mundo contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos.

Nesse sentido, destacou que as mobilizações se mantêm há mais de três anos consecutivos, de forma ininterrupta, para exigir o fim do bloqueio e da política de hostilidade contra Cuba.

Além da Bolívia, este fim-de-semana amigos solidários e cubanos residentes no estrangeiro mobilizaram-se em países como Argentina, Bahamas, São Cristóvão e Neves, Canadá e Panamá.

Há mais de 30 anos que o mundo reafirma, na Assembleia Geral das Nações Unidas, o repúdio pelo bloqueio norte-americano, uma política que atingiu níveis sem precedentes durante o período de impacto da Covid-19, tendo como propósito estrangular a economia do país antilhano e provocar uma mudança de regime.

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«Este é um passo notável do povo cubano na luta contra formas irracionais de imposição externa», sublinha o texto, citado pela Prensa Latina. Acrescenta que se trata de «uma acção necessária por parte dos Estados Unidos, embora insuficiente».

Dirigido à presidente da Associação de Amizade Cuba-Vietname, Yolanda Ferrer, o texto reafirma que as organizações populares no país do Sudeste Asiático apoiam firmemente a causa revolucionária do povo cubano na luta contra o bloqueio norte-americano, e a construção e o desenvolvimento do país.

Ao mesmo tempo, apoiam um processo de diálogo e cooperação entre Cuba e os Estados Unidos «assente numa base construtiva, respeitando-se mutuamente, encontrando soluções para as diferenças e promovendo as relações entre os dois países, contribuindo para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento na região», indica a fonte.

Não basta reconhecer que Cuba «coopera», é preciso acabar com a injustiça

Num comunicado subsequente à exclusão de Cuba da lista de países que não cooperaram com os esforços antiterroristas dos Estados Unidos em 2023, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (Minrex) sublinhou que estes relatórios arbitrários de Washington carecem de qualquer espécie de mandato ou reconhecimento internacional.

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Minrex exige aos EUA que retirem Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo

A inclusão da Ilha na lista de alegados patrocinadores do terrorismo tem como fim «caluniar» o país caribenho e serve de pretexto à adopção de medidas coercivas unilaterais, denuncia a diplomacia cubana.

Solidariedade com Cuba nos EUA Créditos / codepink.org

Numa declaração emitida esta quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba (Minrex) instou a administração norte-americana a retirar, de uma vez por todas, o país antilhano da lista de estados que, alegadamente, patrocinam o terrorismo.

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Ligar Cuba a organizações terroristas «é uma desfaçatez»

Penélope Alsina, da coordenação do Movimiento Nacional de Amistad y Solidaridad Mutua Venezuela-Cuba, considera «uma desfaçatez» incluir a Ilha na lista negra criado pelo Departamento de Estado dos EUA.

Créditos / Prensa Latina

Em conversa com Juan Carlos Díaz Guerrero, correspondente da Prensa Latina, Alsina sublinhou o cinismo que representa «o império mais letal alguma vez conhecido pela humanidade» pretender assinalar alguns países, nas listas criadas pelo seu Departamento de Estado, por estarem alegadamente ligados a organizações terroristas.

A comunicadora social destacou que Cuba é mundialmente reconhecida pelo papel de mediação em conflitos, para os conduzir a processos de paz, como no caso da Colômbia, e que alertou oportunamente para atentados terroristas contra figuras norte-americanas e aviões.

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Cuba é «o maior inimigo dos EUA porque se atreve a ser soberana»

Centenas de pessoas, representantes de várias organizações norte-americanas, mobilizaram-se este domingo em Washington, exigindo o fim do bloqueio e a retirada de Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo.

Manifestação anti-imperialista e solidária com Cuba em Washington, a 25 de Junho de 2023 
Créditos / @NNOCuba

Membros de organizações anti-imperialistas e pessoas solidárias com Cuba juntaram-se, este domingo, frente à Casa Branca, em resposta ao apelo de mobilização realizado pela National Network on Cuba, para afirmar que «Cuba não é um Estado terrorista» e exigir o «fim do terrorismo norte-americano contra Cuba».

A manifestação, que culminou uma semana nacional de solidariedade com a Ilha, durante a qual se pediu ao presidente Joe Biden que acabe com a actual política hostil, serviu também para dar visibilidade às moções que têm sido aprovadas em múltiplos municípios norte-americanos a exigir que se retire o país caribenho da lista, criada pelos EUA, de estados patrocinadores do terrorismo.

Ao longo do fim-de-semana, noutros pontos do país, também houve mobilizações enquadradas no âmbito da campanha «Take Cuba off the List of State sponsors of terror», mas a marcha de Washington, que partiu do Monumento ao libertador José de San Martín e terminou frente à Casa Branca, tinha carácter nacional.

@NNOCuba

«Estamos aqui para dizer a Joe Biden que retire Cuba da lista de estados patrocinadores do terrorismo e que o bloqueio tem de acabar», disse um dos oradores, citado pela Prensa Latina.

Carlos Lazo, coordenador do movimento Puentes de Amor, viajou de Seattle para estar presente na capital, tendo destacado a importância da mobilização.

Por seu lado, Elena Freyre, presidente de la Coalición Alianza Martiana, que viajou de Miami, defendeu que o presidente deve «cumprir as suas promessas», tendo recordado como, durante a campanha eleitoral, afirmou que, se fosse eleito, acabaria com as sanções a Cuba.

Já Rosemarie Mealy, que viajou de Nova Iorque, destacou que os mais de 60 anos de bloqueio provocaram demasiado sofrimento ao povo cubano.

Cuba, «um farol de esperança»

Na sua conta de Twitter, a International Peoples' Assembly afirma que a mobilização de Washington teve lugar «em solidariedade com Cuba e o seu projecto socialista – um farol de esperança e resistência contra a agressão do imperialismo norte-americano».

«Lutamos contra o imperialismo em casa e continuamos a construir a solidariedade internacional com Cuba e a sua luta contínua pela soberania», afirma.

@NNOCuba

No local, Lillian House, da organização Answer Coalition, perguntou «porque é que Cuba é o maior inimigo dos EUA». «Porque se atreve a dizer que são um povo soberano. Porque Cuba se atreveu a correr com as empresas norte-americanas», sublinhou.

«Muitos norte-americanos estiveram em Cuba e viram em primeira mão que [ali] dirigem tudo o que têm, por mais limitado que seja, para as necessidades do povo», declarou.

«Cuba, mesmo sendo tão pequena, faz tanto pelo seu povo e é por isso que é o maior inimigo dos EUA. Não é porque que Cuba seja terrorista ou um Estado patrocinador do terrorismo, mas porque inflige terror nos corações dos imperialistas – com medo de que os oprimidos e os explorados vejam o seu exemplo e se revoltem e digam: "Recusamo-nos a ser subjugados!"», clamou.

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Alsina, que é também coordenadora nacional da Cátedra Livre da Mulher «María León», disse que não há base possível, tendo em conta o direito internacional, para submeter o povo cubano às consequências da inclusão arbitrária na lista referida.

Apontou, a título de exemplo, as restrições às exportações, a eliminação de determinados benefícios comerciais, impedimentos à obtenção de créditos em instituições financeiras internacionais e limitações à atribuição de ajudas económicas.

Como efeito dessa decisão, denunciou que o governo cubano «vê limitada» a possibilidade de continuar a produção de medicamentos, o que se repercute na «efectiva garantia de cuidados de saúde».

Neste sentido, sublinhou que se trata de um impacto doloroso para as famílias cubanas que procuram desesperadamente salvar a vida de uma pessoa querida e ficam impossibilitadas de encontrar o tratamento requerido.

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Díaz-Canel: «A alternativa de Cuba nunca será render-se»

O presidente cubano participou numa das comissões do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba e o Anti-Imperialismo, a 200 anos da Doutrina Monroe, que reuniu mais de 1200 delegados em Havana.

Delegados presentes no Palácio das Convenções, em Havana, a 2 de Maio de 2023 
Créditos / @PartidoPCC

«Os desafios de Cuba são grandes, mas a alternativa nunca será rendermo-nos», afirmou Miguel Díaz-Canel, ao participar numa das comissões do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba e o Anti-Imperialismo, a 200 anos da Doutrina Monroe.

O Palácio das Convenções, em Havana, tornou-se esta terça-feira o centro da solidariedade mundial com a Ilha, acolhendo mais de mil delegados provenientes dos cinco continentes e outros 200 nacionais.

Os participantes na comissão n.º 1, dedicada à Unidade Anti-Imperialista vs. Doutrina Monroe, proferiram intervenções sobre essa unidade, o socialismo a construir, a forma de enfrentar a colonização cultural, a situação difícil do povo cubano, a guerra mediática, o papel dos jovens na mudança social ou a decadência do imperialismo, refere o diário Granma.

Delegados no Palácio das Convenções, em Havana / @PartidoPCC

Depois de ouvir oradores de vários pontos do mundo, o presidente cubano enalteceu os valores que engrandecem o seu povo, que dia após dia dá lições de criatividade, resistência, dignidade e heroísmo.

A lógica imperialista aplica-se ao mundo para impor hegemonia e dominação, e esse não é o mundo que queremos, explicou Díaz-Canel, que deu grande ênfase ao plano de colonização cultural executado pelo imperialismo, que visa «acabar com a história e a identidade nacional».

Sobre a Doutrina Monroe – fundada há dois séculos incluindo o lema «América para os americanos» –, o presidente de Cuba disse que é uma das argumentações ainda latentes nas estratégias do imperialismo na actualidade.

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Mais de 150 jovens norte-americanos em Cuba, a unir os povos

Cerca de centena e meia de jovens dos EUA estão na Ilha para participar nas celebrações do Primeiro de Maio e contactar com sindicatos, organizações juvenis, artistas e autoridades cubanas.

Os jovens com a diplomata Johana Tablada, em Havana 
Créditos / @CubaMINREX

Ontem à tarde, a Brigada Primeiro de Maio (May Day Brigade) visitou a Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM), um projecto de formação de médicos criado pela Revolução Cubana, de onde saíram mais de 30 mil profissionais da saúde de todo o mundo.

Manolo de los Santos, co-director executivo de The People’s Forum, e Kate Gonzales, coordenadora editorial da 1804 Books, explicam que esta brigada é a maior a dirigir-se a Cuba em décadas e que representa «uma intervenção nas tentativas incessantes dos Estados Unidos para silenciar e estrangular os êxitos do projecto socialista cubano».

Dizem ainda que a iniciativa partiu da International Peoples’ Assembly, que convidou jovens militantes de base da diversidade de lutas nos EUA a participar num «intercâmbio crucial em Cuba, uma experiência de que eles e a sua geração foram privados por 60 anos de bloqueio».

O grupo visitou a ELAM // @ldejesusreyes

Com uma agenda intensa e apertada, já participaram num encontro-debate sobre direitos humanos, no Centro Cultural Yoruba, em que se abordaram questões como igualdade de género, direito à habitação ou luta contra o racismo.

Zuleica Romay, directora do programa de Estudos Afro-Americanos na Casa das Américas, lembrou que «Cuba também é uma vítima do seu êxito». Por seu lado, o presidente da instituição, Abel Prieto, afirmou que a administração norte-americana nunca entendeu que em Cuba foi plantada uma coisa, «o princípio da justiça social, da democracia popular, da igualdade, da participação popular no processo político», e que isso «nunca foi enfraquecido».

Na quarta-feira, os jovens norte-americanos, que representam diversos movimentos e organizações sociais, dialogaram com representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, tendo sido recebidos por Johana Tablada, subdirectora para os Estados Unidos do ministério.

Tablada agradeceu aos presentes a sua empatia e amizade, que reforçam a esperança de melhoria das relações entre Cuba e o vizinho a norte, «compensando a dor causada pelo bloqueio». «A vossa amizade é uma prenda para Cuba», destacou a diplomata.

Tablada aproveitou a ocasião para falar aos jovens sobre a história das relações bilaterais e da luta permanente do povo cubano pela soberania e dignidade face à agressão do imperialismo.

Jovem durante o encontro com Johana Tablada, no Ministério dos Negócios Estrangeiros // @PeoplesForumNYC

A delegação de jovens norte-americanos, que se encontra na Ilha desde 24 de Abril, foi saudada pelo chefe de Estado, Díaz-Canel, que lhe deu as boas-vindas na sua conta de Twitter.

«Acreditamos no povo norte-americano, diverso e solidário, que nos respeita e entende; é o que vocês representam. Vemo-nos no Primeiro de Maio», escreveu o presidente.

De acordo com o programa previsto, a comitiva deve permanecer em Cuba até 3 de Maio, conhecendo bairros em transformação em Havana, instituições científicas e o Centro Fidel Castro, dedicado a preservar o legado do líder histórico da Revolução.

Também está prevista uma visita à cidade de Santa Clara, onde os jovens norte-americanos vão manter um encontro com jovens cubanos e prestar homenagem a Ernesto Che Guevara e aos seus companheiros de luta, no mausoléu.

Segundo indica a Prensa Latina, o grupo participará, em Havana, nos festejos populares do Dia Internacional do Trabalhador, e, a 2 de Maio, fará parte do encontro de solidariedade com Cuba que terá lugar no Palácio das Convenções.

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Referiu-se a tal política como uma expressão de prepotência, de desprezo pelos povos. «Essa Doutrina não é solidária porque não se trata de partilhar experiências para o desenvolvimento igualitário de todos os países, mas de saquear os recursos naturais e extrair as riquezas aos países do Sul», disse, aludindo à natureza agressiva, expansionista e predadora da Doutrina Monroe.

Nas outras quatro comissões debateram-se os direitos dos jovens trabalhadores e a integração mundial em defesa da paz e da soberania; mulheres do mundo pela paz e a solidariedade entre os povos; desafios dos trabalhadores no mundo contemporâneo, e lutas dos movimentos de solidariedade, sociais e populares.

O mundo poderá contar sempre com Cuba

«A comunidade internacional poderá contar com a luta permanente de Cuba face à injustiça, às desigualdades, ao subdesenvolvimento e pela criação de uma ordem internacional mais justa e equitativa, no centro da qual esteja o ser humano, a sua dignidade e bem-estar», afirmou Ulises Guilarte de Nacimiento, secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC).

Na sessão de abertura do encontro, organizado pela CTC e o Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), o dirigente sindical disse que, «sem deixar de reconhecer insuficiências na gestão administrativa, a causa fundamental dos nossos problemas resulta da persistência de um bloqueio desapiedado e unilateral, económico, comercial e financeiro».

Sessão de abertura do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba e o Anti-Imperialismo / @PartidoPCC

Ao dar as boas-vindas aos delegados no Palácio das Convenções, agradeceu a presença de tantos amigos em Havana, desafiando precisamente o bloqueio imposto pelos EUA ao povo cubano há mais de 60 anos.

Também na sessão de abertura, interveio a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Anayansi Rodríguez Camejo, para dar a conhecer aos presentes o modo como o bloqueio afecta o país e o seu povo, e sublinhar que, apesar das dificuldades criadas por essa política, «Cuba não se rende nem se verga».

«O nosso povo resiste e avança, e continuaremos a distribuir solidariedade ao mundo e a apoiar as causas justas», disse Rodríguez, que vincou a solidariedade do seu país com a causa palestiniana.

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«É inaceitável e, por isso, condenamos e exigimos que se retire Cuba dessa lista, porque não têm fundamentação e provocam danos irreversíveis», alertou.

A decisão de Washington afecta uma população que, com dignidade, «mostrou aquilo de que é capaz e provou em mais de seis décadas, ao fazer frente a um bloqueio genocida e a uma guerra multidimensional», defendeu, reafirmando a «condenação categórica à forma de actuar do imperialismo norte-americano».

Cuba, «o farol do mundo», deve ser integrada na lista de países que andam a salvar vidas

Militante do movimento feminista venezuelano, Penélope Alsina disse ainda que estão em ligação com as mulheres cubanas, que existe uma troca de saberes e experiências, e que «pensam juntas».

Questionada sobre as linhas de actuação para a denúncia, a dirigente do movimento feminista e solidário afirmou que «a denúncia é permanente», tendo referido que existe uma organização para partilhar formas de enfrentar as consequências que, de alguma forma, «nos calhou viver a nós, venezuelanas, em primeira mão, nos últimos anos».

«Também explicamos sem descanso como operam os inimigos históricos e reforçamos a nossa ética socialista, para não sermos permeados por quem pretende fazer-nos andar para trás», explicou.

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Venezuela reafirma solidariedade com Cuba - «Cuba não está sozinha»

O Presidente da República Bolivariana da Venezuela condecorou ontem os 43 bombeiros e especialistas da Petróleos da Venezuela enviados para Cuba para ajudar no combate ao incêncio na base de superpetroleiros em Matanzas e aproveitou a ocasião para reafirmar a solidariedade com o povo cubano.

CréditosMadelein Garcia / TeleSur

Foi na passada semana que deflagrou um incêndio de grandes proporções em Cuba num depósito de petróleo que se encontra na cidade de Matanzas. A causa do incêndio é um relâmpago que atingiu um depósito gerando várias explosões. Até ao momento sabe-se que há um morto, 121 feridos e 17 bombeiros desaparecidos.

Como prova de solidariedade, Cuba recebeu ajudas materiais do México, Rússia e Chile, sendo que a Venezuela enviou também 20 toneladas de mantimentos, espumas e pós químicos para atender a contingência a par de 43 bombeiros e especialistas da Petróleos da Venezuela (PDVSA) para ajudar no combate ao incêndio que segundo o Presidente Cubano, Diaz Canel «não há precedentes».

Na cerimónia de condecoração dos enviados para Cuba, Nicolas Maduro destacou a total disponibilidade para ajudar a reconstruir e reparar os danos em Matanzas, relembrando que os doiS paises estão unidos na raiz do libertador Simón Bolivar e do apostolo José Martí.

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Solidariedade com Cuba em nova jornada mundial contra o bloqueio

Nos últimos dias, muitas vozes uniram-se em torno da solidariedade com Cuba e da mensagem contra o bloqueio que lhe é imposto pelos EUA. Em Portugal, estão agendadas iniciativas para dias 14 e 18.

Solidariedade com Cuba em Dominica 
Créditos / @CubaMINREX

Na sua conta de Twitter, a diplomata cubana Anayansi Rodríguez Camejo, vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, destacou a solidariedade recebida no âmbito de mais uma jornada mundial contra o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, considerado um dos principais factores que impedem o desenvolvimento do país caribenho.

«Este fim-de-semana outra jornada mundial de solidariedade com Cuba, todos #JuntosXCuba em diversas latitudes reclamando #EliminaElBloqueo», escreveu a representante governamental.

Figuras públicas, activistas, personalidades, associações de cubanos residentes no estrangeiro e amigos da Ilha transmitiram, de diversas formas, o seu apoio à Revolução, condenaram o bloqueio, bem como as tentativas de subverter a ordem constitucional, quando passa um ano sobre os distúrbios de 11 de Julho de 2021, instigados e financiados pelos EUA, segundo denunciaram as autoridades cubanas.

Cartaz da iniciativa solidária com Cuba em Portugal 

Em países como México, Bolívia, Itália, Argentina, Equador, França, Estados Unidos, Dominica, Nicarágua, Espanha, Suíça, Austrália, Guatemala, Alemanha e Canadá houve iniciativas solidárias e mensagens a sublinhar que «Cuba não está sozinha».

Em Portugal, a Associação de Amizade Portugal-Cuba, em conjunto com outras organizações, promove acções solidárias com Cuba e contra o bloqueio nos próximos dias 14, em Lisboa (Rossio, 18h), e 18, no Porto (Universidade Popular do Porto, 18h), com o lema «Fim ao bloqueio! Solidariedade com Cuba! América Latina livre e soberana!».

Díaz-Canel: a 11 de Julho, Cuba celebra uma vitória da Revolução

Ao participar, este domingo, numa jornada de produção com a juventude na província de Artemisa, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse que o verdadeiro significado do 11 de Julho de 2021 foi uma vitória da Revolução e outra derrota para o império.

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Autoridades cubanas alertam para pressões dos EUA no seu guião contra a Ilha

A administração dos EUA está a fazer pressão e chantagem sobre terceiros países para que se pronunciem contra Cuba, no âmbito da sua agenda de desestabilização, segundo denunciam as autoridades da Ilha.

A Assembleia Geral das Nações Unidas tem votado de forma esmagadora contra o bloqueio imposto pelos EUA contra Cuba
A utilização de «fake news», o recurso às redes sociais para manipular e alimentar campanhas para desacreditar o governo cubano e a revolução têm sido destacados pelas autoridades cubanas, que sublinham o sofrimento causado pelo bloqueio norte-americano no país Créditos / Celag

O ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, divulgou na véspera uma «declaração conjunta» de condenação a Havana, tendo responsabilizado o Departamento de Estado norte-americano pela sua redacção, com o intuito de a promover entre membros da Organização de Estados Americanos (OEA).

Rodríguez desafiou o secretário de Estado, Antony Blinken, a reconhecer ou desmentir as pressões que está a exercer sobre outros países, «forçando-os a aderir a esta declaração ou a emitir uma semelhante».

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Díaz-Canel apela à defesa da revolução nas ruas

«Se querem ter um gesto verdadeiro para com Cuba, se querem preocupar-se com o povo, apoiem o levantamento do bloqueio e veremos como jogamos», desafiou o presidente.

CréditosYander Zamora / Epa/Lusa

Este domingo foi marcado pela ocorrência de protestos, aos quais se seguiu a ocupação das ruas por milhares de cubanos em defesa da revolução, lado a lado com o próprio presidente, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, que também saiu è rua e alertou para a tentativa de desestabilização do país a partir do exterior.

Entretanto, num discurso ao povo cubano proferido este domingo, o presidente sublinhou que, já em 2019, se tinham começado a intensificar, a partir do estrangeiro, um conjunto de medidas restritivas, nomeadamente um endurecimento do bloqueio e «perseguições financeiras contra o sector energético», com o objectivo de «sufocar» a economia cubana e provocar a «desejada eclosão social massiva», com o objectivo de justificar uma interferência externa.

«Dizem que somos uma ditadura, uma ditadura que se preocupa em dar saúde a toda a sua população,[...] que almeja vacinar todos com uma vacina cubana. Porque sabíamos que ninguém nos venderia vacinas.[...] Que estranha ditadura»

Díaz-canel

O contexto da pandemia de Covid-19, com o agravamento vivido nas últimas semanas e a multiplicação das estirpes, veio piorar a situação, segundo o presidente cubano, que fala também na forma «cobarde» e «perversa» como algumas das situações complicadas são exploradas por muitos daqueles que sempre apoiaram o bloqueio.

«Querem reforçar a ideia de que o governo cubano não é capaz de sair desta situação, como se estivessem realmente interessados em resolver os problemas de saúde de nosso povo», afirmou Díaz-Canel, que lançou ainda o desafio: «Se querem ter um gesto verdadeiro para com Cuba, se querem preocupar-se com o povo, [apoiem] o levantamento do bloqueio e veremos como jogamos».

«Dizem que somos uma ditadura, uma ditadura que se preocupa em dar saúde a toda a sua população, que busca o bem-estar de todos, que no meio desta situação é capaz de ter programas e políticas públicas para todos, que almeja vacinar todos com uma vacina cubana. Porque sabíamos que ninguém nos venderia vacinas e que nem sequer tínhamos dinheiro para ir ao mercado internacional comprar vacinas. Que estranha ditadura», ironizou.

Alertando para a existência de «manipuladores» ao serviço de campanhas internacionais de desestabilização, Diáz-Canel deixou o apelo a todos os revolucionários para defenderem a revolução nas ruas, acusando o governo de Joe Biden de intensificar as medidas de bloqueio contra Cuba, nomeadamente no que se refere à compra de combustíveis e de componentes necessários ao sistema electroenergético.

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«Tal documento prova a coacção sistemática e com pouco êxito, que os leva ao desespero», referiu por seu lado o responsável pela América Latina do Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano, Eugenio Martínez, na rede social Facebook.

Martínez apontou os EUA como actor fundamental na criação das condições, instigação e financiamento dos distúrbios que ocorreram na Ilha no passado dia 11 de Julho.

«Trabalhando na penumbra com coacção e poucos resultados, os Estados Unidos procuram juntar países à sua cruzada anticubana, para criar desestabilização», disse, citado pela Prensa Latina.

«No entanto, 19 países na América Latina e Caraíbas em cinco dias reclamaram o fim do bloqueio contra o país antilhano», recordou.

«Manobra calculada de desestabilização» explicada no Vietname

Orlando Hernández Guillén, embaixador de Cuba no Vietname, afirmou esta quarta-feira que os protestos recentes no seu país resultam de uma «perversa e calculada manobra de desestabilização» com evidente participação dos Estados Unidos.

Falando para os principais meios comunicação vietnamitas, o diplomata explicou que, antes das manifestações de 11 de Julho, foi desencadeada nas redes sociais uma campanha para desacreditar o governo cubano.

«De forma oportunista, foram aproveitadas as dificuldades materiais a que o nosso povo está sujeito por causa do bloqueio norte-americano e a situação resultante da pandemia de Covid-19 para apresentar Cuba como um país no caos», disse, acrescentando que «a tentativa de subverter a ordem interna em Cuba fracassou».

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Grito de solidariedade com Cuba

Face à campanha de desestabilização desencadeada contra a ilha caribenha, várias organizações promoveram, em Lisboa, uma acção de solidariedade com a revolução e o povo cubano.

Várias organizações promoveram um acto de solidariedade com Cuba e pelo fim ao criminoso bloqueio dos EUA a este país, em frente à embaixada cubana em Lisboa, a 15 de Julho de 2021
CréditosPaulo António

«Como poderia estar só um povo e uma Revolução que tanto deram e dão aos povos do mundo? Como poderia estar só quem durante as últimas seis décadas fez da solidariedade, da amizade e da cooperação o dia-a-dia da sua política externa?», perguntou Gustavo Carneiro do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), um dos promotores desta acção de solidariedade que reuniu largas centenas de pessoas, esta quinta-feira, junto à embaixada de Cuba, em Lisboa.

«Não ao Bloqueio dos EUA! Cuba Vencerá» foi o mote para a concentração, cuja convocatória lembrava o bloqueio «reiteradamente condenado pela esmagadora maioria dos países com assento na Assembleia Geral das Nações Unidas» e que «atenta gravemente contra os direitos do povo cubano e o desenvolvimento do seu país».

Lembrando os «elevados índices de desenvolvimento humano, de fazer corar de vergonha muitos países ditos desenvolvidos», o dirigente sublinhou que, ao contrário da maioria dos países da América Latina e das Caraíbas, em Cuba «ninguém dorme na rua, não há crianças a catar lixo para sobreviver, a saúde é para todos, a educação é generalizada, a infância e a velhice são protegidas».

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Díaz-Canel apela à defesa da revolução nas ruas

«Se querem ter um gesto verdadeiro para com Cuba, se querem preocupar-se com o povo, apoiem o levantamento do bloqueio e veremos como jogamos», desafiou o presidente.

CréditosYander Zamora / Epa/Lusa

Este domingo foi marcado pela ocorrência de protestos, aos quais se seguiu a ocupação das ruas por milhares de cubanos em defesa da revolução, lado a lado com o próprio presidente, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, que também saiu è rua e alertou para a tentativa de desestabilização do país a partir do exterior.

Entretanto, num discurso ao povo cubano proferido este domingo, o presidente sublinhou que, já em 2019, se tinham começado a intensificar, a partir do estrangeiro, um conjunto de medidas restritivas, nomeadamente um endurecimento do bloqueio e «perseguições financeiras contra o sector energético», com o objectivo de «sufocar» a economia cubana e provocar a «desejada eclosão social massiva», com o objectivo de justificar uma interferência externa.

«Dizem que somos uma ditadura, uma ditadura que se preocupa em dar saúde a toda a sua população,[...] que almeja vacinar todos com uma vacina cubana. Porque sabíamos que ninguém nos venderia vacinas.[...] Que estranha ditadura»

Díaz-canel

O contexto da pandemia de Covid-19, com o agravamento vivido nas últimas semanas e a multiplicação das estirpes, veio piorar a situação, segundo o presidente cubano, que fala também na forma «cobarde» e «perversa» como algumas das situações complicadas são exploradas por muitos daqueles que sempre apoiaram o bloqueio.

«Querem reforçar a ideia de que o governo cubano não é capaz de sair desta situação, como se estivessem realmente interessados em resolver os problemas de saúde de nosso povo», afirmou Díaz-Canel, que lançou ainda o desafio: «Se querem ter um gesto verdadeiro para com Cuba, se querem preocupar-se com o povo, [apoiem] o levantamento do bloqueio e veremos como jogamos».

«Dizem que somos uma ditadura, uma ditadura que se preocupa em dar saúde a toda a sua população, que busca o bem-estar de todos, que no meio desta situação é capaz de ter programas e políticas públicas para todos, que almeja vacinar todos com uma vacina cubana. Porque sabíamos que ninguém nos venderia vacinas e que nem sequer tínhamos dinheiro para ir ao mercado internacional comprar vacinas. Que estranha ditadura», ironizou.

Alertando para a existência de «manipuladores» ao serviço de campanhas internacionais de desestabilização, Diáz-Canel deixou o apelo a todos os revolucionários para defenderem a revolução nas ruas, acusando o governo de Joe Biden de intensificar as medidas de bloqueio contra Cuba, nomeadamente no que se refere à compra de combustíveis e de componentes necessários ao sistema electroenergético.

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Não pretendendo ocultar «as dificuldades e as carências, provocadas por um bloqueio económico, comercial e financeiro – ilegal, imoral e criminoso que dura há 60 anos – a que acrescem os efeitos da pandemia», Gustavo Carneiro fez referência ao agravamento das restrições que não foi atenuado pela nova administração norte-americana, que insiste naquilo a que chama de uma «falsa ajuda humanitária e libertadora», que condenou países como o Iraque e a Líbia à «pobreza e miséria».

O dirigente assinalou ainda o contexto local, uma vez que, para os EUA, a América Latina é o seu «pátio das traseiras», no qual vem interferindo sistemáticamente, como recentemente no Paraguai, na Bolívia, no Brasil, nas Honduras, na Venezuela, e na Nicarágua.

Para além do CPPC, intervieram representantes de outras organizações promotoras desta iniciativa, entre as quais a Associação de Amizade Portugal-Cuba, o projecto Ruído e a CGTP-IN, que  sublinharam a exigência de denunciar a hipocrisia dos que, através de um bloqueio que dura há 60 anos, tentam asfixiar a economia de Cuba e impor dificuldades ao seu povo.

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Hernández Guillén garantiu que o Estado e o governo têm pleno controlo da situação e que as instituições funcionam normalmente, dentro das condições que a emergência sanitária impõe.

Em tempo recorde e com recursos próprios, mesmo com o recrudescimento do bloqueio – referiu –, Cuba produziu uma vacina contra a Covid-19, tem uma candidata a vacina cuja terceira fase já terminou e mais três em ensaios clínicos.

O diplomata, informa a Prensa Latina, disse que, tanto na luta contra a pandemia como nos protestos manipulados, a Ilha recebeu inúmeras expressões de solidariedade internacional, tendo destacado o apoio do Vietname, que exigiu o fim do bloqueio imposto pelos EUA, considerando-o a principal causa das dificuldades que os cubanos enfrentam.

«Há pouco dias apresentei as minhas credenciais como embaixador e, nos dias seguintes, fui recebido por numerosos dirigentes vietnamitas. Todos me disseram que o Vietname está agora e estará sempre ao lado de Cuba», referiu.

O diplomata agradeceu ao Clube de ex-Estudantes Vietnamitas em Cuba, à Associação de Amizade Vietname-Cuba e a vários cidadãos deste país pelas suas declarações e gestos de apoio.

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Em declarações à imprensa, o chefe de Estado afirmou que, se há alguma coisa que celebrar, é a vitória do povo face às tentativas de levar a cabo um «golpe suave».

«Houve acontecimentos desagradáveis, ocorreram acções de vandalismo com uma crueldade e vulgaridade tremendas, mas o povo veio para as ruas defender a Revolução e em menos de 24 horas já não havia distúrbios», acrescentou, citado pela Prensa Latina.

Disse ainda que, agora, sobretudo a partir de Miami (EUA), se procura assinalar a data apelando a rupturas com base em posicionamentos violentos, atentando contra a tranquilidade dos cidadãos, com uma linguagem de ódio e violência, como aconteceu ao longo de todo o último ano.

«A Revolução tem estado sempre a revolucionar-se a si mesma, mas num contexto de constante cerco económico, político, mediático, com um bloqueio reforçado, do qual o povo vai sair revolucionando e mostrando cada vez mais a resistência criativa», afirmou Díaz-Canel.

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Nicolas Maduro exortou o ministro do Petróleo, Tareck El Aissami, e o presidente da PDVSA, Asdrúbal Chávez, a estabelecerem comunicação com as autoridades cubanas para iniciar a reconstrução do estaleiro do superpetroleiro. “Cuba sabe que conta com nosso apoio científico, técnico, de engenharia e operário; (...) entre em contato com as autoridades petrolíferas e energéticas de Cuba para iniciar o projeto de reconstrução do estaleiro de superpetroleiros em Matanzas”, disse o Presidente da Venezuela.

Ante a complexa situação em que Cuba se encontra face ao criminoso bloqueio que sofre por via dos EUA, o Presidente da Venezuela reiterou que o povo cubano contará com "o apoio dos povos do mundo e de governos sensíveis, corajosos e humanistas".

No dia anterior, Diaz Canel na sua conta oficial do Twitter afirmou: "Nunca esqueceremos o heroísmo e a irmandade dos mexicanos e venezuelanos que vieram apoiar-nos na luta contra o incêndio".

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Neste contexto, destacou ainda que a ênfase colocada na denúncia pública é feita de diferentes formas no âmbito comunicacional, incluindo as redes sociais, os meios de comunicação e as trocas presenciais.

Questionada sobre a mensagem solidária que enviaria da Venezuela aos cubanos, quando se intensifica o cerco económico dos EUA, disse: «Saibam que os irmãos venezuelanos estão sempre com vocês», lembrando que «assistiram na primeira fila» ao encontro de «dois líderes mundiais sem precedentes, os comandantes Fidel Castro e Hugo Chávez».

Aquilo que eles sonharam para a região e para o mundo inteiro «só o tornaremos realidade unidos», defendeu.

Em seu entender, os cubanos «continuam a ser o farol do mundo». Por isso, Alsina propôs que se continue a fazer frente ao pensamento hegemónico, aos que «pretendem enganar e acusar sem qualquer argumentação válida».

«A única lista em que Cuba deve ser integrada é a dos países que andam pelo mundo a salvar vidas», frisou.

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A diplomacia cubana refere que, de acordo com meios oficiais norte-americanos, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, enviou ao Congresso «mais um dos relatórios arbitrários» em que a Casa Branca, sem qualquer espécie de mandato ou reconhecimento internacional, classifica outros países.

Neste caso, o texto elenca quatro países que supostamente «não cooperam plenamente com os esforços antiterroristas dos Estados Unidos no ano de 2023», e entre eles não figura Cuba, como ocorreu, «de forma caluniosa», em anos recentes.

No entanto, o Departamento de Estado continua a manter o país na lista que designa estados que alegadamente patrocinam o terrorismo, denuncia o Minrex, sublinhando que, pelo mundo fora, governos e organizações exigem ao governo dos EUA que corrija essa injustiça.

«A clara e absoluta verdade é que Cuba não patrocina o terrorismo, mas foi vítima deste, incluindo o terrorismo de Estado, como pode verificar todo aquele que se interessar pelo tema, questão que conhece perfeitamente o governo norte-americano, o seu Departamento de Estado e as suas agências de inteligência», indica a declaração.

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Cuba é «o maior inimigo dos EUA porque se atreve a ser soberana»

Centenas de pessoas, representantes de várias organizações norte-americanas, mobilizaram-se este domingo em Washington, exigindo o fim do bloqueio e a retirada de Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo.

Manifestação anti-imperialista e solidária com Cuba em Washington, a 25 de Junho de 2023 
Créditos / @NNOCuba

Membros de organizações anti-imperialistas e pessoas solidárias com Cuba juntaram-se, este domingo, frente à Casa Branca, em resposta ao apelo de mobilização realizado pela National Network on Cuba, para afirmar que «Cuba não é um Estado terrorista» e exigir o «fim do terrorismo norte-americano contra Cuba».

A manifestação, que culminou uma semana nacional de solidariedade com a Ilha, durante a qual se pediu ao presidente Joe Biden que acabe com a actual política hostil, serviu também para dar visibilidade às moções que têm sido aprovadas em múltiplos municípios norte-americanos a exigir que se retire o país caribenho da lista, criada pelos EUA, de estados patrocinadores do terrorismo.

Ao longo do fim-de-semana, noutros pontos do país, também houve mobilizações enquadradas no âmbito da campanha «Take Cuba off the List of State sponsors of terror», mas a marcha de Washington, que partiu do Monumento ao libertador José de San Martín e terminou frente à Casa Branca, tinha carácter nacional.

@NNOCuba

«Estamos aqui para dizer a Joe Biden que retire Cuba da lista de estados patrocinadores do terrorismo e que o bloqueio tem de acabar», disse um dos oradores, citado pela Prensa Latina.

Carlos Lazo, coordenador do movimento Puentes de Amor, viajou de Seattle para estar presente na capital, tendo destacado a importância da mobilização.

Por seu lado, Elena Freyre, presidente de la Coalición Alianza Martiana, que viajou de Miami, defendeu que o presidente deve «cumprir as suas promessas», tendo recordado como, durante a campanha eleitoral, afirmou que, se fosse eleito, acabaria com as sanções a Cuba.

Já Rosemarie Mealy, que viajou de Nova Iorque, destacou que os mais de 60 anos de bloqueio provocaram demasiado sofrimento ao povo cubano.

Cuba, «um farol de esperança»

Na sua conta de Twitter, a International Peoples' Assembly afirma que a mobilização de Washington teve lugar «em solidariedade com Cuba e o seu projecto socialista – um farol de esperança e resistência contra a agressão do imperialismo norte-americano».

«Lutamos contra o imperialismo em casa e continuamos a construir a solidariedade internacional com Cuba e a sua luta contínua pela soberania», afirma.

@NNOCuba

No local, Lillian House, da organização Answer Coalition, perguntou «porque é que Cuba é o maior inimigo dos EUA». «Porque se atreve a dizer que são um povo soberano. Porque Cuba se atreveu a correr com as empresas norte-americanas», sublinhou.

«Muitos norte-americanos estiveram em Cuba e viram em primeira mão que [ali] dirigem tudo o que têm, por mais limitado que seja, para as necessidades do povo», declarou.

«Cuba, mesmo sendo tão pequena, faz tanto pelo seu povo e é por isso que é o maior inimigo dos EUA. Não é porque que Cuba seja terrorista ou um Estado patrocinador do terrorismo, mas porque inflige terror nos corações dos imperialistas – com medo de que os oprimidos e os explorados vejam o seu exemplo e se revoltem e digam: "Recusamo-nos a ser subjugados!"», clamou.

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Os Estados Unidos também conhecem perfeitamente «os danos extraordinários que provocam à economia cubana as medidas, as acções e o efeito intimidatório que automaticamente se desencadeia contra qualquer estado que apareça mencionado nessa lista, independentemente do que for a verdade».

Neste sentido, o texto afirma que não basta reconhecer que Cuba coopera plenamente com os Estados Unidos e a comunidade internacional no seu conjunto na luta antiterrorista, algo que, segundo o Minrex, é «uma verdade conhecida».

Instando as autoridades norte-americanas a «não tentar confundir a opinião pública», a diplomacia do país caribenho afirma ainda que o presidente dos EUA, Joe Biden, «possui todas as prerrogativas para actuar com honestidade e fazer o que é correcto».

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Ainda assim, o Departamento de Estado continua a manter o país na lista que designa estados que alegadamente patrocinam o terrorismo, denunciou o Minrex, sublinhando que isto tem como fim «caluniar» o país caribenho e servir de pretexto à adopção de medidas coercivas unilaterais.

Recentemente, múltiplas associações solidárias com a Ilha, organizações anti-imperialistas, partidos de esquerda, instituições nacionais e governos têm deixado vincada a exigência de que os Estados Unidos eliminem Cuba de uma vez por todas da sua lista unilateral de alegados patrocinadores do terrorismo.

Só nos últimos dias, tal ocorreu em países como Seychelles, Panamá, Equador, Colômbia, São Vicente e Granadinas, Índia, Sri Lanka, Chile, Nicarágua, Venezuela, Egipto, Uruguai, Bolívia, Peru, Guatemala e Namíbia, entre outros.

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