«Vamos produzir o maior quantidade possível de medicamentos. Está na hora dos especuladores vampíricos se irem embora» da Colômbia, anunciou Gustavo Petro, presidente do país. Numa colaboração entre o Ministério da Ciência, o Ministério da Saúde e a Universidade de Antioquia, vão ser produzidas anualmente 1.3 milhões de doses de Cloroquina, uma medicação eficaz no combate à malária.
Só em 2024, 110 mil pessoas foram infectadas pela malária na Colômbia, com particular incidência em territórios como a Costa Pacífica, Urabá, a região Amazónica e Orinoquía e nas cidades próximas da fronteira com a Venezuela. A medicação será distribuída pelo Governo gratuitamente, com o objectivo de reduzir drasticamente a dispersão da doença.
É a primeira vez no país latino-americano que uma unidade de produção pública, universitária, obtém permissão do Governo para produzir um medicamento de interesse prioritário para a saúde pública. A Cloroquina é apenas o primeiro de quatro medicamentos definidos como prioritários pela Estado – Niclosamida (tratamento de ténias), Benznidazol (doença de chagas) e Praziquantel (infecções parasitárias) – que começarão a ter produção pública até ao final de 2025.
O processo de alcançar a soberania farmacêutica no país, uma necessidade que se afigurou indispensável desde a pandemia Covid-19, inclui a instalação de novas infraestruturas e a formação de pessoal técnico e de supervisão sanitária, reforçando as capacidades futuras de produção de outros medicamentos na Colômbia a preços de produção muito inferiores aos actuais custos de importação.
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