Na cerimónia que decorreu este domingo na residência do embaixador da China na capital síria, Feng Biao, este destacou a necessidade de trabalhar com o intuito de promover a cooperação entre ambos os países, tendo reafirmado o apoio da China ao povo sírio e ao processo de reconstrução daquilo que foi destruído pelo terrorismo.
«A visita recente à Síria do ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, transmitiu uma mensagem clara ao mundo de que a China apoia a soberania e a integridade territorial da Síria, e rejeita a ingerência externa nos seus assuntos e políticas», afirmou o diplomata, citado pela SANA.
Na sua intervenção, Biao referiu-se às bases existentes para uma nova amizade estratégica entre os dois países asiáticos, bem como à nova dinâmica que conhece o «desenvolvimento integral e profundo das relações bilaterais».
No domínio prático, disse que a cooperação entre os exércitos dos dois países atingiu avanços importantes na luta contra o terrorismo e referiu-se à cooperação mantida na área da luta contra a Covid-19.
Um exemplo recente disto foi o envio para Damasco de um lote de 150 mil doses da vacina chinesa Sinopharm contra o vírus SARS-CoV-2, além de material e equipamento médico diverso, através da Cruz Vermelha na China.
Fong Biao destacou ainda o facto de a comunicação entre os dois países nunca se ter interrompido, mesmo no período da guerra de agressão, e fez um apelo ao levantamento imediato do bloqueio e das medidas coercivas que são impostas à Síria.
Lutar por um mundo onde prevaleça a soberania dos estados
Num discurso de tom semelhante, o ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Faisal Mekdad, destacou a solidez dos laços entre a Síria e a China, a amizade que os liga e a vontade comum de promover projectos conjuntos, a nível económico, comercial e financeiro, refere a SANA.
Na cerimónia, Mekdad denunciou que algumas potências ocidentais trouxeram terroristas de origem chinesa para a Síria e que, agora, os querem devolver à China para que ali pratiquem crimes e terrorismo.
Acrescentou que a Síria e a China trabalham, unidas, contra os efeitos das medidas que o Ocidente lhes impõe para as prejudicar e que buscam um mundo onde prevaleça a soberania dos estados, a liberdade e a independência.
Por seu lado, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Bashar al-Jaafari lembrou que, das 15 vezes que a China recorreu ao veto no Conselho de Segurança, dez foram para frustrar projectos contra a Síria, o que, informa a Prensa Latina, evidencia bem a atitude firme do país do Extremo Oriente no apoio ao país levantino.
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