Na reunião, celebrada paralelamente ao congresso do TUC, que decorreu em Liverpool entre 10 e 13 de Setembro, os delegados sindicais reconheceram o avanço de Cuba nos sectores da Educação e da Saúde, e destacaram os programas que Havana promove com vista à formação de milhares de médicos em África e na Ásia.
«São um exemplo de que [Washington] não quer que tenhamos noção», disse esta segunda-feira Kevin Courtney, recentemente designado presidente da Cuban Solidarity Campaign (campanha de solidariedade com Cuba), durante o encontro de representantes sindicais.
Courtney, refere o periódico Morning Star, criticou ainda a reintegração de Havana na lista unilateral de estados alegadamente patrocinadores do terrorismo, criada pelo Pentágono, depois de ter recebido os membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) que iam participar em conversações de paz com o governo da Colômbia. Para o presidente da Campanha solidária, trata-se de algo «kafkiano».
Por seu lado, Gawain Little, secretário-geral da Federação Geral dos Sindicatos (GFTU), enalteceu o sistema de educação cubano, tendo afirmado que, durante uma viagem solidária ao país caribenho, «vimos um currículo escolar a que qualquer uma das nossas crianças teria sorte em aceder, apesar do impacto do desumano bloqueio» no país.
Para Little, «o exemplo inspirador de Cuba representa uma ameaça para os Estados Unidos e o Reino Unido». «Não como ameaça militar ou política, mas como ameaça de que as pessoas começassem a pensar de forma diferente», disse.
A embaixadora cubana em Londres, Bárbara Montalvo Álvarez, também participou no encontro solidário das organizações sindicais em Liverpool, tendo agradecido aos presentes pela solidariedade. Na ocasião, afirmou: «Não deixaremos de trabalhar para alcançar o nosso sonho de uma sociedade mais justa e igual.»
Na mesa, com Montalvo Álvarez, estiveram Alex Gordon (presidente do sindicato de transportes RMT), Lisa Osborne (da organização Thompsons Law), Gawain Little (dirigente da GFTU), Sarah Woolley (secretária-geral do sindicato da indústria alimentar BFAWU) e Simon Dubbins (responsável da secção internacional do sindicato Unite).
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