Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Colômbia

Quatro dias seguidos de protestos e forte repressão na Colômbia

Iniciada a 28 de Abril, a greve geral contra a reforma tributária de Duque mantém-se há 4 dias nas ruas. A Rede Francisco Isaías Cifuentes dá conta de 8 mortos, vários desaparecidos e dezenas de detenções.

No Dia do Trabalhador, Cáli respondeu à repressão com uma manifestação massiva 
No Dia do Trabalhador, Cáli respondeu à repressão com uma manifestação massiva Créditos / @TobarteleSUR

Convocadas por sindicatos, partidos políticos e organizações sociais, muitos milhares de pessoas vieram para as ruas, no Dia Internacional dos Trabalhadores, para continuarem a dizer «não» à Lei de Solidariedade Sustentável (reforma tributária) avançada pelo governo de Iván Duque e repudiar a forte repressão policial dos últimos dias.

Ao descontentamento e à revolta popular com o projecto de lei juntou-se o «mal-estar» provocado pelo apelo do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), expresso na sexta-feira, para que o Exército interviesse contra os manifestantes.

Apesar de o Twitter ter apagado, algumas horas depois, o apelo de Uribe às armas, nas ruas e nas redes sociais o repúdio fez ouvir: «O povo não te quer, assassino criminoso» foi uma de várias expressões sintomáticas veiculadas contra o uribista.

Ontem, Bogotá foi um dos palcos das mobilizações em defesa dos direitos dos trabalhadores, contra a reforma de Duque e a repressão policial. «Aqui está o povo nas ruas organizado, a lutar por uma vida digna», afirmaram na capital.

Na sua conta de Twitter, o Congresso de los Pueblos informou que, neste «Primeiro de Maio, no Sul de Bogotá o povo continua nas ruas, apesar da ameaça das forças de segurança e do governo nacional».

A organização denunciou a repressão exercida pela Polícia em vários pontos do país sul-americano, nomeadamente na cidade de Pereira, no departamento de Risaralda. «Fazemos um apelo para que sejam dadas garantias à mobilização social. Protestar é um direito», referiu.

Órgãos de comunicação locais e internautas deram conta de manifestações, este sábado, também em Barraquilla, Medellín, Bucamaranga, Cartagena e Cáli, com forte presença de forças policiais, militares e de agentes do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad), registando-se vários episódios de repressão sobre os manifestantes.

Houve igualmente mobilizações na região do Catatumbo e na cidade de Popayán, no Cauca. Nesta última, refere a TeleSur, a manifestação do Primeiro de Maio – contra a reforma tributária e a repressão do governo de Duque – é a primeira em mais de 80 anos.

Em Cáli, no departamento de Valle del Cauca, a manifestação do Dia do Trabalhador foi massiva, como resposta à grande repressão exercida sobre os manifestantes nos dias anteriores.

De acordo com um relatório divulgado pela Rede de Direitos Humanos Francisco Isaías Cifuentes na sexta-feira à noite, pelo menos oito pessoas foram mortas em Cáli durante as mobilizações. Além disso, o organismo registou a detenção de pelo menos 84 pessoas, 28 feridos, três manifestantes desaparecidos, três casos de pessoas que perderam um olho e o de uma mulher que foi abusada sexualmente por um agente do Esmad.

Duque move-se

Ainda na sexta-feira, confrontado com a grande oposição nas ruas ao polémico projecto para reajustar as contas em tempos de «crise», Iván Duque anunciou que ordenou ao Ministério das Finanças proceder à sua reformulação.

Já ontem, ao final do dia, na sequência de nova jornada de intensas mobilizações no país, o presidente colombiano anunciou que irá destacar o Exército e outros componentes das Forças Armadas para controlar os protestos nas principais cidades.

Para tal, explica a TeleSur, irá recorrer à figura da «assistência militar», que, disse, está contemplada na Constituição e que manterá, em coordenação com autarcas e governadores, até que as manifestações acabem.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui