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|América Latina

Quase metade da população rural na América Latina é pobre

Pela primeira vez numa década, a pobreza rural aumentou na América Latina, atingindo 59 milhões de pessoas, revelou esta quarta-feira o representante da FAO para a América Latina e as Caraíbas.

Entrada da «caravana migrante» no México
A maioria dos migrantes que partem da América Central foge de municípios rurais, onde domina a pobreza e a insegurançaCréditos / animalpolitico.com

Esta «reversão histórica» na luta contra a pobreza rural na região foi divulgada ontem, no âmbito da primeira edição da Semana da Alimentação e da Agricultura, que decorre até amanhã na capital argentina, Buenos Aires.

Na apresentação do documento «Panorama da Pobreza Rural na América Latina e Caraíbas», elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), o representante deste organismo para a região, Julio Berdegué, alertou que a pobreza rural aumentou em dois milhões de pessoas entre 2014 e 2016, sendo que, entre 1990 e 2014, tinha descido quase 20 pontos percentuais (de 65% para 46%).

«Não podemos tolerar que um em cada dois habitantes rurais seja pobre e que um de cada cinco, indigente. Pior ainda, sofremos uma reversão histórica, uma ruptura que mostra que nos estamos a esquecer do campo», sublinhou Julio Berdegué.

Pobreza e insegurança motivam migração

No documento apresentado, a FAO afirma que uma boa parte das pessoas que migram a partir do campo o faz por desesperança, fugindo de «regiões afligidas pela pobreza, a insegurança e a fragilidade ambiental».

«A maior parte das pessoas que abandonam os seus territórios de origem na América Central foge de municípios rurais [...]. Nas Honduras, 76% dos que abandonaram a sua região provêm de 295 municípios rurais; em El Salvador, 70% provêm de 257 municípios rurais; na Guatemala, 61% dos emigrantes provêm de 325 municípios rurais», lê-se no documento.

A FAO sublinha ainda que a eliminação da pobreza rural constitui um elemento-chave para fazer frente às economias ilegais, como o tráfico ilícito de drogas ou a exploração mineira ilegal, que «ganharam espaço na região e fazem aumentar a insegurança nas zonas rurais».

Apesar de apenas 18% da população da América Latina e das Caraíbas viver em zonas rurais, estas concentram 29% de todos os pobres da América Latina e 41% daqueles que, na região, vivem em situação de pobreza extrema – 27 milhões de pessoas, precisa o documento.

Medidas de combate à pobreza rural

No texto ontem divulgado em Buenos Aires, a FAO apresenta cinco medidas que considera fundamentais para «retomar o rumo da dimuição da pobreza»: a criação de sectores agrícolas eficientes e sustentáveis; o aumento da cobertura da protecção social; a gestão sustentável dos recursos naturais; o fomento do emprego rural não-agrícola; a melhoria das infra-estruturas, por via do aumento do investimento público.

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