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|Reino Unido

Próxima estação: nacionalização. Escócia recupera o controlo público da ferrovia

A partir de 25 de Junho de 2023, todos os serviços de transporte ferroviário de passageiros serão inteiramente públicos na Escócia e País de Gales, garantindo a defesa dos interesses dos passageiros – e não do lucro privado.

A Scotrail é actualmente gerida por uma empresa do Governo escocês 
A Scotrail é actualmente gerida por uma empresa do Governo escocês Créditos

A decisão foi anunciada esta quinta-feira pela ministra dos Transportes, Jenny Gilruth, eleita pelo Partido Nacional Escocês (SNP): o último serviço de transporte ferroviário de passageiros privado em funcionamento, o Caledonian Sleeper (que faz a ligação nocturna com Londres, gerido pela Serco), vai voltar à gestão pública em 25 de Junho de 2023, sob controlo da Scottish Rail Holdings, uma instituição do sector público da Escócia.

A Serco é uma das maiores empresas no sector da prestação de serviços ao abrigo de contratos governamentais no Reino Unido (como era o caso do Caledonian Sleeper), Europa, Ásia e Oceânia, nas áreas da defesa, justiça e imigração, transportes e saúde. A empresa teve receitas de 4,5 mil milhões de libras (5 mil milhões de euros) em 2022.

O contrato de concessão assinado em 2015, por um expectável período de 15 anos, chega assim a um final abrupto, apenas oito anos após o início da exploração privada do serviço. A 1 de Abril de 2022, o Governo escocês já tinha re-nacionalizado a ScotRail (serviços de ferrovia de toda a Escócia, actualmente com gestão da Scottish Rail Holdings), substituindo a Abellio, empresa privada que aumentou os preços em centenas de libras.

A 7 de Fevereiro de 2021, o governo do País de Gales optou pela mesma solução, nacionalizando todos os serviços internos de transporte ferroviário de passageiros geridos pela KeolisAmey. Sem a obsessão do lucro, o objectivo é agora «proporcionar estabilidade financeira a longo prazo, necessária para assegurar os planos de melhoria das infraestruturas e proporcionar futuras melhorias para os passageiros».

A partir de 25 de Junho de 2023, todos os serviços de transporte ferroviário de passageiros serão inteiramente públicos na Escócia e País de Gales.

«Os serviços geridos pela Serco garantiam lucros de milhões de libras para os accionistas e especuladores», denuncia sindicato

O anúncio do Governo escocês representa uma «vitória da longa e dura campanha do RMT [National Union of Rail, Maritime and Transport Workers] pela propriedade pública deste icónico serviço». Em comunicado, o RMT salienta o desenvolvimento de «uma campanha incansável para alcançar este resultado», felicitando «todos os membros do sindicato que contribuíram para tornar isto uma realidade».

Mick Lynch, secretário-geral do sindicato, está confiante que a nacionalização «dará ao Governo escocês uma oportunidade de assegurar que esta rota sustentável e de baixo carbono entre a Escócia e Londres possa ser gerida para os interesses dos passageiros, e não para o lucro privado», como era o caso da gestão da Serco.

Esta decisão devia ser um grito de alerta para o Departamento de Transportes de Westminster [do Governo britânico] «para acabar com a sua obsessão falhada com a privatização e trazer todo o sistema ferroviário [no Reino Unido] para a propriedade pública», defendeu o sindicalista.

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