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|Reino Unido

Protestos em mais de 30 estações britânicas contra encerramento de bilheteiras

Utentes e sindicato RMT mobilizaram-se, esta quarta-feira, de Norte a Sul do país, para denunciar os planos de encerramento do governo, defendendo que os serviços precisam de «melhorias, não de cortes».

Acção junto à estação ferroviária de Halifax (Inglaterra) contra o encerramento de bilheteiras 
Acção junto à estação ferroviária de Halifax (Inglaterra) contra o encerramento de bilheteiras CréditosNeil Terry / Morning Star

Há mais de um mês que o National Union of Rail, Maritime and Transport Workers (RMT) leva a cabo acções em defesa das bilheteiras e contra os planos anunciados pelo executivo de Rishi Sunak de as encerrar.

Para o RMT, os anúncios relativos ao encerramento de bilheteiras na rede ferroviária são uma cortina de fumo para tapar o «desmantelamento em grande escala das estações», com consequências para a segurança ferroviária, os trabalhadores (não apenas das bilheteiras) e a assistência aos passageiros.

«O nosso sindicato está a lançar uma campanha para salvar as bilheteiras em cada aldeia, vila e cidade deste país», afirmou Mick Lynch em Julho último.

O sindicato associou-se também a grupos de utentes, pensionistas e pessoas com deficiência numa missiva em que defendem que «a presença de pessoal é vital para garantir que a ferrovia é acessível a todos». «Pensamos que, se forem por diante, estes encerramentos serão desastrosos para a acessibilidade, a segurança e o serviço dos passageiros, pelo que as propostas devem ser rejeitadas», afirmam na carta, citada pelo Morning Star.

Escalada de protestos

Esta quarta-feira, os protestos contra os encerramentos fizeram-se sentir em mais de 30 estações pelo Reino Unido fora, em cidades como Londres, Edimburgo, Glasgow, Leeds, Liverpool, Manchester e Birmingham, promovidos pelo RMT, por grupos de pessoas com deficiência e associações de utentes, a que se juntaram alguns representantes políticos.

Os protestos, refere o Morning Star, já levaram o governo a prolongar o período de consultas aos cidadãos sobre o tema.

Na estação ferroviária de Halifax (Centro-Norte de Inglaterra), a acção contou com a presença de Holly Lynch, deputado do Partido Trabalhista em Westminster.

Lynch destacou ao Morning Star a necessidade da manutenção das bilheteiras, que prestam informação e apoio aos utentes. «Temos de mobilizar toda a gente que utiliza bilhetes de comboio», disse.

O governo britânico defende a sua medida afirmando que apenas 12% dos passageiros compram bilhetes nas bilheteiras. O resto recorre a máquinas ou à compra online.

Já o RMT afirma que, em Halifax, apenas 12% dos utentes recorrem às máquinas. Por isso, Peter Keale, membro de uma associação sindical na região de Calderdale, defendeu a importância dos serviços prestados pelas bilheteiras. «Na verdade, precisamos de melhorias nos serviços, não de cortes», disse.

Greve contra a discriminação na Rail Gourmet

Os trabalhadores contratados pela empresa de catering Rail Gourmet, no TransPennine Express (TPE), estão a realizar uma greve de 48 horas contra a discriminação de que são alvo, a nível salarial e de condições.

Segundo revelou o RMT em nota na quarta-feira, estes trabalhadores subcontratados auferem salários mais baixos e têm piores condições de trabalho do que os seus colegas directamente contratados pelo TPE.

Como a empresa de catering, que «obteve 1,4 milhões de libras de lucro», «se recusou a apresentar uma proposta salarial decente», o sindicato decidiu avançar para a greve de 48 horas (quinta e sexta-feira).

Neste sentido, Mick Lynch, o secretário-geral, afirmou que «empresas ferroviárias gananciosas há muito que exploram os nossos trabalhadores e a Rail Gourmet não é excepção».

Ferroviários continuam a lutar por melhores salários

Entretanto, no contexto da longa luta que mantêm por melhores salários, condições e estabilidade no emprego, cerca de 20 mil trabalhadores ferroviários do Reino Unido devem fazer greve a 26 de Agosto e a 2 de Setembro.

As jornadas de luta foram anunciadas pelo RMT, cujo secretário-geral disse que trabalhadores e sindicato que os representa vão lutar até que seja alcançado «um acordo negociado e justo».

A greve abrange as empresas Chiltern Railways, Cross Country Trains, Greater Anglia, LNER, East Midlands Railway, c2c, Great Western Railway, Northern Trains, South Eastern, South Western Railway, Transpennine Express, Avanti West Coast, West Midlands Trains, e GTR (incluindo a Gatwick Express).

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