Os cortes no sector, a eliminação do Fundo de Incentivo ao Professor e as 15 mil demissões realizadas nos últimos dias na Administração Pública argentina são as principais razões da acção de luta, promovida pela Confederação dos Trabalhadores da Educação da República Argentina e pela Federação Nacional dos Professores Universitários, que conta com uma manifestação na capital, Buenos Aires.
Segundo a Prensa Latina, as organizações repudiam o «protocolo anti-protesto», aprovado pela ministra da Segurança, e reclamam a defesa da educação pública, bem como a necessidade de regressar à negociação para o aumento dos salários, de modo a que os professores consigam enfrentar a mais alta inflação do mundo, que fechou Fevereiro em 13,2%.
Os docentes exigem respeito pelo direito a uma reforma justa e condenam a «interrupção do envio de fundos para os fundos de pensões das províncias». Num comunicado, as entidades promotoras da acção de luta desta quinta-feira expressam a sua solidariedade aos trabalhadores do Estado, sobretudo aos afectados pelas medidas do Governo de Javier Milei, e denunciam a «militarização» dos órgãos do Estado, «com um desdobramento repressivo inaceitável, antidemocrático e muito perigoso».
Para amanhã, 5 de Abril, a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) da Argentina convocou uma greve nacional contra as milhares de demissões na Administração Pública, estando prevista manifestação junto ao Ministério da Economia, em Buenos Aires. A par da reintegração de todos os trabalhadores e do aumento dos salários, reclamam o fim das políticas de ajustamento e de privatização das empresas públicas, a continuidade do Fundo de Garantia da Sustentabilidade e das garantias de reforma.
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