O acordo de princípio para reeditar a «grande coligação» – que inclui, além do Partido Social-Democrata (SPD) e da União Democrata-Cristã (CDU), o partido irmão deste na Baviera, a União Social-Cristã (CSU) – precisa ainda de ser aprovado pelos militantes do SPD num congresso agendado para dia 21 de Janeiro.
De acordo com a Reuters, prevê-se que alguns sectores sociais-democratas se oponham a este acordo, temendo que uma nova coligação com Merkel limite ainda mais a influência do SPD, que obteve, em Setembro último, o pior resultado eleitoral desde 1949.
O princípio de acordo ficou plasmado num documento de 28 páginas, ao cabo de longas negociações que se prolongaram pela madrugada fora. Nele, as três partes comprometem-se a fortalecer a zona euro, em estreita cooperação com a França, e a não exportar armamento para países envolvidos na guerra no Iémen, indica ainda a Reuters.
Depois da derrota nas eleições de Setembro – marcadas pelo ascenso da extrema-direita –, o SPD mostrou-se indisponível para reeditar a «grande coligação» e a chanceler Angela Merkel tentou formar governo com os Verdes e os liberais do FDP, mas as conversações fracassaram em Novembro.
Agora, Horst Seehofer, líder dos democratas-cristãos na Baviera (CSU), diz que o novo governo poderá estar em funções até à Páscoa. Falando em Sófia, na Bulgária, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, manifestou a sua satisfação com o acordo alcançado, que classificou como um «grande benefício» para a Europa.
Num cenário a que a Alemanha está pouco habituada – governada interinamente há meses –, Merkel mostrou-se «optimista», mas, segundo a Reuters, também apontou para as dificuldades subsequentes para o que resta das negociações.
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