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|anticolonialismo

Presidente do México pede desculpa aos povos indígenas

Declarações foram proferidas na passada sexta-feira, na cerimónia que assinalava os 500 anos sobre a captura de Tenochtitlán, actual Cidade do México, e que precipitou a queda da civilização Asteca.

Pormenor de mural sobre a cidade Asteca de Tenochtitlán, de Rodrigo Rivera, no Palácio Nacional, Cidade do México 
Pormenor de mural sobre a cidade Asteca de Tenochtitlán, de Rodrigo Rivera, no Palácio Nacional, Cidade do México Créditos

«Recordamos hoje a queda da grande Tenochtitlán e pedimos desculpa às vítimas da catástrofe provocada pela ocupação militar espanhola da Mesoamérica e do actual território da República do México», declarou Manuel López Obrador, Presidente do México.

As afirmações foram proferidas em Zócalo, praça central da Cidade do México, e antigo ponto cerimonial da capital do império Asteca. Para as comemorações foi erigida uma réplica, quase em tamanho real, do Templo Mayor, destruídodepois da conquista espanhola.

Perante uma audiência composta por representantes indígenas do México, Canadá e Estados Unidos da América, assim como descendentes do último grande imperador Asteca, Montezuma II, López Obrador exigiu um pedido de desculpaspor parte da monarquia Espanhola e da Igreja Católica pelas atrocidades cometidas durante a conquista e colonização dos territórios que correspondem actualmente ao México.

«A conquista e a colonização são sinais de atraso, não de civilização, e muito menos de justiça», declarou o presidente Mexicano, «este desastre, cataclisma, catástrofe, o que quer que lhe queiram chamar, permite-nos afirmar, com confiança, que o período da conquista foi um tremendo insucesso».

«Como é que podemos falar de civilização quando se perderam milhões de vidas humanas e o império, ou a monarquiadominante, foi incapaz, ao longo de três séculos de colonização, de recuperar os níveis populacionais que existiam antes da ocupação militar», questionou López Obrador.

A bárbara invasão da «civilização»

O conquistador espanhol Hernán Cortés tomou definitivmente Tenochtitlán a 13 de Agosto de 1521, à cabeça de uma coligação composta por espanhóis e de várias facções indígenas que Cortés manipulou, aproveitando-se dos conflitos regionais existentes no Império Asteca. 

Entre 40 e 240 mil astecas terão sido mortos na sequência da tomada de Tenochtitlán, quando a cidade estava já especialmente enfaquecida pela incidência de varíola, sarampo e papeira, doenças introduzidas pelas forças coloniais que poderão ter reduzido a população em cerca de 40% antes da invasão.

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