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México pede a casas de leilões europeias que não vendam peças pré-hispânicas

Referindo-se aos leilões agendados para este mês em vários países europeus, o governo mexicano afirma que «os valores históricos, simbólicos e culturais» em causa superam «qualquer interesse comercial».

Máscara teotihuacana de 450 a 650 d.C. leiloada numa casa europeia por 15 mil euros; o México apela à «ética» e à defesa dos «valores culturais» 
Máscara teotihuacana de 450 a 650 d.C. leiloada numa casa europeia por 15 mil euros; o México apela à «ética» e à defesa dos «valores culturais» Créditos / La Jornada

A Secretaria da Cultura federal fez um apelo às galerias e casas de leilões Setdart, Zacke, Carlo Bonte Auction e Ader para que travem a oferta e a venda de peças que pertencem ao património do México.

As peças foram identificadas em leilões que estas empresas tinham programado para ontem, hoje, dias 15 e 18 de Março, respectivamente, segundo informa o diário La Jornada.

«No caso do México, estas peças representam um legado de valor incalculável das culturas ancestrais que fazem parte do património histórico e uma mostra da diversidade e riqueza cultural do país», lê-se nas missivas que a Secretaria da Cultura mexicana enviou às empresas referidas, localizadas em Espanha, Áustria, Bélgica e França.

«São vestígios do que somos e das culturas vivas dos povos originários», afirma o texto, sublinhando que «os valores históricos, simbólicos e culturais dos bens em causa são superiores a qualquer interesse comercial».

«Propriedade inalielável e imprescritível» do México

Em comunicado emitido dia 9, o governo mexicano informa que no leilão organizado pela Galeria Setdart, em Barcelona, foram identificados 35 bens mexicanos; no da Galeria Zacke, em Viena, foi detectada uma peça arqueológica mexicana, proveniente da Costa do Golfo.

Acrescenta que no leilão organizado pela casa Carlo Bonte Auction, em Bruges, foram detectadas três peças que pertencem ao património mexicano, do estilo Comala; enquanto no leilão organizada pela Casa Ader, em Paris, foram identificadas 74 peças arqueológicas do património mexicano.

O executivo liderado por López Obrador, que se tem batido activamente pela devolução ao país do património mexicano espalhado pelo estrangeiro, condena de forma veemente estes leilões, destacando que estas peças «são propriedade do país, inalienável e imprescritível, retiradas sem autorização e de forma ilícita do território nacional, estando proibida a sua exportação por lei desde 1827».

O governo mexicano informa ainda que iniciou os procedimentos judiciais correspondentes em cada um dos países, com o intuito de que cada peça pertencente ao património nacional seja devolvida ao país azteca, através de canais diplomáticos e legais oficiais.

Entretanto, a Embaixada do México na Áustria informou que, em resultado das acções levadas a cabo pelo executivo mexicano, a Galeria Zacke, em Viena, retirou do catálogo do leilão programado para hoje a peça arqueológica da Costa do Golfo, datada do período clássico mesoamericano (400-900 d.C.).

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