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|Palestina

Poliomielite e subnutrição ajudam a matar as crianças em Gaza

Os casos de subnutrição detectados entre as crianças no Norte da Faixa de Gaza aumentaram 300% em Julho por comparação com Maio, revelou a Unrwa esta quinta-feira.

Créditos / @UNRWA

Na sua conta de Twitter (X), a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa) disse ainda que 96% da população no enclave costeiro enfrenta «níveis críticos» de fome, referindo-se a dados do Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) e do Global Nutrition Cluster.

O organismo sublinhou também a necessidade de mais ajuda para o território palestiniano e de um cessar-fogo imediato.

No dia anterior, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, na mesma rede social, para os níveis de poliomielite que assolam a Faixa de Gaza, tendo informado que está a preparar, em conjunto com a Unrwa e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), «duas séries de campanhas de vacinação contra a poliomielite visando 600 mil crianças com menos de seis anos de idade».

«A OMS está a enviar mais de um milhão de vacinas contra a poliomielite para Gaza, que serão administradas nas próximas semanas», afirmou o director do organismo, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Neste contexto, o responsável destacou a necessidade de «absoluta liberdade de movimento para os trabalhadores da saúde e equipamento médico, de modo a levarem a cabo estas complexas operações de forma segura e eficaz».

«São necessários um cessar-fogo ou, pelo menos, "dias de tranquilidade" durante a preparação e realização das campanhas de vacinação, para proteger as crianças em Gaza da poliomielite», acrescentou.

Estes alertas são realizados tendo em conta o facto de que as forças israelitas de ocupação atacaram por diversas vezes, nos últimos meses, profissionais da saúde e funcionários humanitários na Faixa de Gaza, tal como denunciado pelas autoridades do território e pelas Nações Unidas, além de colocarem restrições ao movimento da ajuda no enclave.

No final de Julho, Ghebreyesus já tinha alertado para a necessidade de um cessar-fogo em Gaza, sublinhando que a detecção da poliomielite no enclave é mais uma lembrança das «terríveis condições que a população enfrenta».

Tendo em conta o colapso do sistema de saúde no território, alvo de constantes ataques por parte das forças israelitas, o responsável afirmou, também no Twitter (X), que o prolongamento da guerra «dificulta os esforços para identificar e responder a ameaças evitáveis como a poliomielite».

Antes, o Ministério palestiniano da Saúde tinha emitido um alerta urgente, ao ser confrontado com os resultados a testes realizados a amostras do sistema de saneamento, em coordenação com a Unicef, que detectaram a presença do poliovírus.

Entretanto, os bombardeamentos israelitas prosseguem na Faixa de Gaza, num contexto de tensão crescente no Médio Oriente – com forças da NATO a atacarem repetidamente o Iémen, o Irão a ameaçar punir severamente ou varrer Israel do mapa (depois do assassinato de Ismail Haniyeh em Teerão) e Israel a afirmar que a guerra com o Hezbollah é certa (mas ela já existe).

De acordo com o Ministério palestiniano da Saúde, como resultado da agressão israelita, pelo menos 39 699 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza desde 7 de Outubro, enquanto 91 722 ficaram feridos.

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