O estudo, realizado de forma conjunta pelo Banco Mundial e o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina, indica que mais de metade dos palestinianos sofrem de depressão (71% dos residentes na Faixa de Gaza cercada e 50% dos habitantes da Cisjordânia ocupada).
A depressão afecta de igual modo homens e mulheres, e atinge 58% da população maior de 18 anos, revela o relatório ontem apresentado em Ramallah, cujos dados resultam de uma pesquisa efectuada em 2022 para conhecer o estado da saúde mental da população na Palestina, abrangendo mais de 7000 famílias.
A pesquisa mostra igualmente que 7% dos adultos palestinianos sofrem de stress pós-traumático e que os sintomas são mais elevados na Faixa de Gaza do que na Margem Ocidental ocupada, sendo mais severos no caso dos homens, indica a agência Wafa.
Outro aspecto evidenciado pelo estudo é o da relação directa entre a pobreza extrema e as perturbações ao nível da saúde mental, sendo que, de acordo com o inquérito, 70% da população está abaixo da linha da pobreza extrema.
Os responsáveis pelo estudo destacaram que o stress da saúde mental se agrava em função de eventos traumáticos como a agressão israelita à Faixa de Gaza em Maio de 2021.
Das pessoas inquiridas em Gaza, 10% tinham perdido um familiar ou um amigo; 10% tinham ficado feridas, e 25% tinham ficado com as suas casas destruídas ou danificadas.
O estudo também inclui indicadores relacionados com questões sociais, económicas e ambientais e, segundo explicou a presidente do Gabinete Central de Estatísticas da Palestina, Ola Awad, ajuda a compreender o impacto do ataque israelita a Gaza em Maio de 2021.
Então, durante os 11 dias da operação militar levada a cabo por Israel, os bombardeamentos provocaram cerca de 250 mortos e mais de 1700 feridos no enclave costeiro palestiniano.
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