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«Paz sim, NATO não», afirma o CPPC por ocasião da cimeira em Vilnius

Tendo em conta a realização da Cimeira da NATO, na Lituânia, o CPPC defende um «caminho alternativo», capaz de «construir um mundo de paz, cooperação e solidariedade entre os povos do mundo».

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO Créditos / politico.eu

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) encara com grande preocupação a Cimeira da NATO, que tem lugar hoje e amanhã na capital da Lituânia.

Tal afirmação é feita na medida em que «a sua agenda aponta para um novo e mais grave salto militarista, com o aumento das despesas militares, a insistência na escalada armamentista, a intensificação da política de confrontação e guerra na Europa, designadamente na Ucrânia, com os imensos riscos que lhe estão inerentes – uma agenda que em nada contribui para promover a paz e a segurança na Europa e no mundo, a que os povos tem direito e aspiram».

Numa nota ontem divulgada, a organização de defesa da paz denuncia que, numa reunião ministerial recente, Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), reafirmou a exigência de que os países que integram a aliança destinem já no próximo ano 2% do PIB a gastos militares – «verbas que faltam aos salários, às pensões, aos serviços públicos, nomeadamente da saúde, educação e protecção social, que são alvo de forte desinvestimento, com graves consequências para os povos».

A este propósito, o texto sublinha que os 31 países que integram NATO são, desde há muito, os principais responsáveis «pelas impressionantes e crescentes despesas militares ao nível internacional, sendo responsáveis por cerca de 55% – mais que os restantes 162 países do mundo em conjunto».

Instrumento da estratégia de domínio dos EUA

«A NATO é, desde o primeiro momento, um instrumento da estratégia de domínio dos EUA», afirma o CPPC, lembrando como a sua criação, em 1949, «permitiu manter e reforçar a presença militar norte-americana na Europa após o final da Segunda Guerra Mundial» e como, após o fim da União Soviética, se aproximou das fronteiras da Federação Russa, «com as suas bases, contingentes e mísseis – apesar das "garantias" norte-americanas de que não avançaria "nem um centímetro" para o Leste da Europa».

Lembrando que a NATO é responsável, directa ou indirectamente, por agressões militares, nomeadamente contra a Jugoslávia, o Afeganistão, o Iraque ou a Líbia, o CPPC alerta para a expansão da intervenção da NATO para a Ásia-Pacífico, no âmbito da política dos EUA de criar novas articulações e blocos político-militares na região, tendo como «principal e assumido objectivo procurar conter o desenvolvimento e afirmação internacional da China, de modo a continuar a impor a hegemonia dos EUA no plano mundial».

Neste sentido o CPPC alerta que EUA e bloco político-militar belicista tentam «replicar, face à China e outros países asiáticos, a mesma política que durante décadas realizaram, na Europa, contra a Rússia e outros países europeus – com imposição da lógica de bloco político-militar e da escalada belicista, a instalação de bases militares, frotas navais ou sistemas de mísseis e o aproveitamento de problemas para promover a ingerência e conflitos».

Afirmação de um caminho alternativo

No âmbito da campanha «Paz sim! NATO não!», que o CPPC está a desenvolver, realiza-se esta quarta-feira, às 18h, uma Tribuna Pública, em Lisboa (frente à Fundação José Saramago), assim como acções de contacto com as populações, ao longo desta semana, em várias cidades do País, de modo a denunciar os objectivos belicistas da NATO.

São oportunidades para, tal como no documento agora divulgado, o Conselho Português para a Paz e Cooperação reafirmar a defesa da construção de «um caminho alternativo», assente, nomeadamente, na resolução negociada do conflito que se trava na Ucrânia com vista à paz e à segurança colectiva na Europa; no fim da política de confrontação e guerra promovida pela NATO; no apoio às vítimas, aos deslocados e refugiados das guerras que a NATO promove e instiga, no fim das sanções e na assinatura e ratificação do Tratado de Proibição de Armas Nucleares.

Esse caminho será também construído, segundo a proposta que o CPPC defende, por via da abolição das armas nucleares e de outras armas de destruição massiva; do fim da escalada armamentista e o desarmamento geral, simultâneo e controlado; do fim dos blocos político-militares, desde logo, a dissolução da NATO, e do cumprimento, pelas autoridades portuguesas, dos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa.

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