Ao intervir na sessão desta quinta-feira do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), Bashar al-Jaafari afirmou que as tentativas de «reciclagem» de grupos terroristas por parte de alguns países que os apoiam, passando a apresentá-los como «oposição armada moderada», não afectam a determinação da Síria em defender os seus cidadãos e em combater o terrorismo, indica a agência SANA.
O diplomata sírio, que criticou a «perspectiva enviesada» que persiste no órgão composto por 15 países na abordagem da situação no território sírio, sublinhou que «ninguém pode pôr causa o direito soberano [da Síria] de lutar contra o terrorismo».
«Membros deste Conselho dizem que Damasco e Moscovo atacam alvos civis – estabelecimentos de saúde, educativos e de serviços – na província de Idlib», disse al-Jaafari, acrescentando que se trata de «alegações falsas da parte política do terrorismo imposto à Síria», de «acusações inaceitáveis, na medida em que as forças sírias e russas apenas combatem os terroristas».
O representante permanente da Síria junto da ONU lembrou que, devido à acção das redes terroristas, «dezenas de milhares de sírios morreram em diversos lugares, mas que isso é ignorado pelos Estados Unidos e os seus aliados, bem como por algumas agências das Nações Unidas.
«A via mais eficaz para acabar com o conflito é que os estados que patrocinam o terrorismo se vão embora», afirmou al-Jaafari, que referiu que, actualmente, há cerca de 4300 terroristas europeus a combater na Síria e no Iraque, e que cerca de 2800 são provenientes de países como a Bélgica, a França, a Alemanha e o Reino Unido.
«A presença de terroristas e combatentes estrangeiros é uma grande ameaça em locais como Idlib», afirmou o diplomata, frisando que a província de Idlib é a região de maior concentração de terroristas do mundo, informa a Prensa Latina.
Na sua intervenção, al-Jaafari rejeitou as «medidas provocadoras» dos Estados Unidos e da Turquia, cujas forças «estão no país árabe de forma ilegal» e pretendem invadir vários territórios, no que constitui uma «violação flagrante da soberania e da integridade territorial da Síria».
Nesse sentido, destacou a necessidade de pôr fim à presença ilegal de tropas estrangeiras na Síria e exigiu o levantamento das medidas económicas coercitivas impostas contra o povo sírio, que classificou como «terrorismo económico» e «extorsão».
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