Numa publicação conjunta, a Sociedade dos Presos Palestinianos, a Addameer – Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos e a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos afirmam que, na Cisjordânia ocupada, foram detidas pelas forças israelitas desde 7 de Outubro cerca de 220 mulheres e mais de 440 menores.
No mesmo período, refere o texto, a ocupação prendeu 53 jornalistas, 36 dos quais se encontram ainda encarcerados e 21 detidos ao abrigo do regime de detenção administrativa – que pode ser renovada infinitamente por períodos até seis meses, sem acusação ou julgamento.
De acordo com o texto, a que a Wafa faz referência, foram decretadas ou renovadas neste período 3490 ordens de detenção administrativa – algumas contra mulheres e crianças.
A escalada de detenções registada na Margem Ocidental ocupada tem sido acompanhada pelo aumento de «crimes e violações dos direitos humanos», referem as organizações, que alertam para «tareias severas e ameaças» aos detidos e seus familiares.
Além disso, afirmam, as forças de ocupação levam a cabo, com total impunidade, uma «campanha em grande escala de sabotagem e destruição das casas» palestinianas, bem como de apreensão ilegal de viaturas, dinheiro, ouro e jóias dos residentes na Cisjordânia.
Os números apontados pelas organizações referem-se a palestinianos detidos em suas casas, presos em pontos de controlo militares ou que foram obrigados a render-se sob pressão, bem como a «reféns».
Outros aspectos destacados pelo relatório agora apresentado dizem respeito a execuções de familiares dos detidos por parte das forças de ocupação e ao número de palestinianos mortos atrás das grades – pelo menos oito desde 7 de Outubro, de acordo com o texto, que alerta para o desconhecimento do destino dado aos presos de Gaza e para a possibilidade de execuções.
Trata-se de Omar Daraghmeh, de Tubas; Arafat Hamdan, de Ramallah; Majid Zaqoul, de Gaza; Abd al-Rahman Mar'i; de Salfit; Thaer Abu Assab; de Qalqilya; Abdul-Rahman al-Bahsh, de Nablus; Mohammed al-Sabbar, de al-Khalil (Hebron), e um não identificado.
De acordo com os organismos de defesa dos direitos dos presos, no final de Janeiro havia mais de 9000 prisioneiros palestinianos em cárceres israelitas, 3484 ao abrigo do regime de detenção administrativa.
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