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|México

Obrador critica EUA por políticas «intervencionistas»

As políticas aplicadas por Washington, também no que respeita ao México, são «desadequadas» e «intervencionistas», afirmou Obrador, informando que o país espera há 15 meses por esclarecimentos diplomáticos.

Andrés Manuel López Obrador, presidente do México (imagem de arquivo) 
Andrés Manuel López Obrador, presidente do México (imagem de arquivo) CréditosLuis Castillo / La Jornada

Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, informou esta semana que, até ao momento, a administração norte-americana não respondeu a uma comunicação diplomática em que o país latino-americano pede esclarecimentos sobre o financiamento a uma organização presidida pelo empresário conservador Claudio X. González – um dos grandes opositores e detractores do chefe de Estado.

Trata-se da Mexicanos contra la Corrupción y la Impunidad, que estará a receber pagamentos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), através da Embaixada dos EUA no México – um tipo de acção que o presidente mexicano qualifica como «política» e «intervencionista».

Ao ser questionado sobre o tema – já passaram 15 meses desde que o executivo mexicano enviou a nota diplomática à administração de Biden –, López Obrador afirmou de forma clara que não houve resposta alguma da parte de Washington e que «tudo indica» que a Casa Branca continua a financiar o grupo referido, indica o La Jornada.

«É algo em que não concordamos com o governo dos Estados Unidos», disse Obrador. Apesar de «termos muito boas relações, há práticas políticas que consideramos inadequadas» e «consideramos que são actos intervencionistas», frisou.

O presidente mexicano destacou que «nenhum governo tem o direito de intervir nos assuntos de outros países, não existe um governo mundial. Cada país tem o seu governo, que deve ser livre, independente e soberano».

«Nós não estamos de acordo que nenhum governo estrangeiro intervenha nos assuntos que apenas dizem respeito aos mexicanos», seja dos Estados Unidos, da Rússia ou China, disse.

«Não aceitamos este intervencionismo, que é parte de uma política colonialista»

«Não aceitamos este intervencionismo, que é parte de uma política colonialista, muito atrasada, anacrónica, que não tem a ver com os novos tempos», acrescentou, frisando que «implica uma acção desrespeitosa para com os outros povos, é contrária às boas relações internacionais e à boa vizinhança».

López Obrador lamentou que não tenha havido uma resposta à nota diplomática sobre o financiamento a organizações «para que ataquem o nosso governo», e considerou que essa posição não convém a ninguém, incluindo os Estados Unidos.

«Perdem autoridade moral e política ao agir assim», disse, acrescentando que este e outros grupos financiados com o dinheiro entregue pelos Estados Unidos alimentam campanhas contra um governo democrática e legitimamente constituído.

O presidente mexicano considera necessário que haja uma transformação, uma mudança, e lembrou que, no passado, o «intervencionismo» norte-americano se traduziu em golpes de Estado, intervenções militares ou no «tira e põe» de governos a seu gosto.

O México também foi vítima dessa política, disse, tendo dado como exemplo a operação «Rápido e Furioso», durante o governo do ex-presidente Felipe Calderón.

Com o aval do governo mexicano, esta consistiu em introduzir milhares de armas de fogo no país, que ficaram em poder do crime organizado, agravando de forma extrema a situação de violência que persiste até hoje. «Foi uma violação flagrante da nossa soberania», denunciou.

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