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Dia Mundial da Luta contra a Lepra

Nações Unidas centradas em erradicar a lepra entre as crianças

No Dia Mundial da Luta contra a Lepra, as Nações Unidas exortam os países-membros a apostar na prevenção e na detecção precoce da doença, de modo a garantir que, em 2020, se atinge a meta de «zero crianças infectadas».

A Organização Mundial de Saúde quer reforçar as vertentes da prevenção e da detecção precoce de novos casos de lepra
A Organização Mundial de Saúde quer reforçar as vertentes da prevenção e da detecção precoce de novos casos de lepraCréditosColin Summers / thelondoneconomic.com

O apelo é feito hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quando se assinala o Dia Mundial da Luta contra a Lepra (último domingo de Janeiro), uma doença que, apesar de ter sido «eliminada da lista de problemas de saúde pública» há quase 18 anos, «escapou à derrota», continuando a afectar as vidas de centenas de milhares de pessoas.

De acordo com os dados recolhidos pela OMS, em 2016 foram detectados 200 mil novos casos de lepra. Mesmo tendo em conta que este número é muito inferior ao que se verificava há uma década e que os casos registados na actualidade evidenciam uma diminuição (lenta) da doença, a OMS considera a situação inaceitável, uma vez que, desde 1980, existe um tratamento eficaz para a lepra.

As crianças representam quase 9% dos novos casos detectados, sendo que 6,7% apresentam já deformidades visíveis. Para a agência das Nações Unidas, isto reforça a ideia de que as medidas tomadas até agora junto das comunidades onde ocorre a transmissão da infecção são «inadequadas», sendo por isso necessário reforçar a prevenção e apostar na detecção precoce de novos casos.

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As crianças representam quase 9% dos novos casos detectados.

A lepra é uma doença infecciosa provocada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que, ao não ser tratada, afecta sobretudo a pele, os olhos, os nervos periféricos e as extremidades do corpo. A possibilidade de cura existe, mas a detecção precoce é fundamental, insiste a OMS.

Combater a discriminação

De acordo com as Nações Unidas, há 22 países onde a lepra tem uma incidência particularmente séria e onde é necessário tomar medidas urgentes. A OMS sublinha que, pese embora os esforços realizados para combater o estigma associado à doença, em muitos destes países os adultos e as crianças afectados pela lepra são alvo de discriminação. Estas últimas são muitas vezes impedidas de aceder ao ensino ou são vítimas de assédio violento [bullying].

Para a OMS, é fundamental eliminar qualquer resquício de discriminação que ainda prevaleça na legislação destes países, até porque – salienta – a discriminação continuada contra as pessoas que sofrem de lepra leva a que estas se escondam, evitem ser diagnosticadas e tratadas, contribuindo assim para a transmissão da infecção. «Combater o estigma» ajuda a garantir diagnósticos precoces e a tratar casos antes de fases avançadas.

Tal como a OMS, também a relatora especial para a eliminação da lepra, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Alice Cruz, salienta a necessidade de combater os «grandes atrasos no diagnóstico e a falta de acesso a um tratamento de qualidade».

Na nota que hoje publicou, a relatora afirma que os estados «devem abordar o círculo vicioso da discriminação, da exclusão e da deficiência, cumprindo com as suas obrigações em matéria de direitos humanos», nomeadamente «derrogando as leis discriminatórias».

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