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Mundo muçulmano apela ao reconhecimento de Jerusalém como capital da Palestina

Reunidos esta quarta-feira numa cimeira extraordinária em Istambul, representantes da maioria dos estados-membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) declararam Jerusalém Leste como capital da Palestina e criticaram com veemência a decisão recente dos EUA.

Soldado israelita e bandeira da Palestina em Hebron, na Margem Ocidental ocupada, durante protestos contra o reconhecimento, pela administração norte-americana, de Jerusalém como capital de Israel
Soldado israelita e bandeira da Palestina em Hebron, na Margem Ocidental ocupada, durante protestos contra o reconhecimento, pela administração norte-americana, de Jerusalém como capital de IsraelCréditos / hindustantimes.com

No comunicado final da cimeira extraordinária que hoje teve lugar na cidade turca, os 48 membros presentes da OCI declaram que «Jerusalém Oriental é a capital do Estado da Palestina» e convidam «todos os países a reconhecer o Estado da Palestina e Jerusalém Leste como sua capital».

Esta cimeira e a declaração final surgem uma semana depois de o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, se ter referido à cidade de Jerusalém como «eterna capital» de Israel e ter ordenado ao Departamento de Estado que começasse a tratar da mudança da Embaixada dos EUA em Israel de Telavive para a cidade ocupada.

«Rejeitamos e condenamos com veemência a decisão irresponsável, ilegal e unilateral do presidente dos Estados Unidos de reconhecer Al-Quds [Jerusalém em árabe] como suposta capital de Israel. Consideramos que esta decisão é nula e carece de valor», lê-se no comunicado emitido no final cimeira da OCI, em que participaram 16 chefes de Estado, vários ministros dos Negócios Estrangeiros e outros representantes de 48 dos 57 estados-membros, informa a HispanTV.

De acordo com o comunicado, a decisão dos EUA representa «um ataque aos direitos históricos, legais, naturais e nacionais do povo palestiniano», «mina deliberadamente todos os esforços de paz», dá «ímpeto ao extremismo e ao terrorismo», e ameaça «a paz e a segurança internacionais».

A OCI reafirmou o seu compromisso com a «solução dos dois estados» como forma de pôr cobro ao longo conflito entre israelitas e palestinianos. Alguns oradores deixaram claro que, na sequência da decisão tomada, já não reconhecem aos EUA a capacidade para assumir o papel de mediador num acordo de paz, sublinhando que os norte-americanos são responsáveis por todas as consequências da decisão tomada.

«Al-Quds será sempre a capital da Palestina»

Na sua intervenção, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), classificou a decisão de Trump sobre Jerusalém como um «enorme crime» e uma violação flagrante do direito internacional.

Salientando que Jerusalém «foi e será a capital do Estado palestiniano», e que, sem isso, «não haverá paz e estabilidade», Abbas rejeitou qualquer futuro envolvimento dos Estados Unidos da América num processo de paz, na medida em que a balança de Washington pende para Israel, refere a PressTV.

«[Trump] ofereceu Jerusalém como um presente ao movimento sionista», afirmou o presidente da ANP, sublinhando que «o mundo se opõe» a esta decisão.

Nicolás Maduro, chefe de Estado da Venezuela, esteve presente na cimeira enquanto presidente do Movimento de Países Não-Alinhados, tendo expressado o «apoio total destes países à causa palestiniana», a sua vontade de contribuir para a alcançar uma «solução justa, integral e duradoura» para o conflito, bem como o repúdio pelas «acções unilaterais e extremistas da administração norte-americana contra o nobre povo da Palestina».

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