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Mulheres turcas decidem sobre igualdade na vida e no trabalho

Os Comités de Solidariedade das Mulheres da Turquia anunciaram que, em defesa da igualdade, estão a preparar uma série de resoluções «contra o reaccionarismo e as políticas anti-laborais» do governo turco.

Na sequência da saída da Turquia da Convenção de Istambul, as mulheres turcas estão a afirmar que vão lutar pelos seus direitos e o tipo de país em que querem viver
Créditos / tkp.org.tr

Na sequência da decisão do governo de Recep Tayyip Erdogan de desvincular o seu país da Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica, conhecida como Convenção de Istambul, os Comités de Solidariedade das Mulheres da Turquia, surgidos por iniciativa do Partido Comunista da Turquia (TKP), começaram a preparar «as resoluções das mulheres para erguer a luta contra o reaccionarismo», informa o portal news.sol.org.tr.

«Os comunistas instam as mulheres a tomar as suas decisões para erradicar a violência e a exploração das mulheres, de forma a mudar esta ordem desigual e injusta», afirmam os Comités em comunicado.

Nas «Resoluções das Mulheres» para a Igualdade e a Liberdade destaca-se a luta contra o reaccionarismo, «as inúmeras práticas reaccionárias» levadas a cabo pelo Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) «desde o seu primeiro dia no poder», que «permitiram expandir a opressão e a violência sobre as mulheres», e as decisões das mulheres para lutar contra este quadro.

Afirma-se igualmente, no texto, a determinação das mulheres em lutar para erradicar a violência e a exploração que sobre elas são exercidas, bem como um conjunto de decisões que ergam a luta pela igualdade no mundo do trabalho.

Outras decisões tomadas pelos Comités dizem respeito à luta pelo direito das mulheres à Educação, contra os crimes de ódio, pela regulamentação da vida social em favor das mulheres – de modo a acabar com a exploração e o isolamento social a que são sujeitas porque há toda uma carga de trabalho extra que recai sobre elas e é vista como «trabalho de mulheres».

No mesmo sentido, não aceitam «as injustiças da parentalidade», nem querem que o tempo passado com as suas crianças seja uma «sobrecarga». Esse tempo é para desfrutar e, como tal, há um conjunto de normas que querem ver regulamentadas, respeitantes a licenças, ao regresso garantido ao trabalho ou à abertura de creches gratuitas nas áreas de residência das mulheres trabalhadoras.

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