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Das 43 presas, 27 foram condenadas a diversas penas, sendo as mais pesadas (16 anos) as que foram impostas a Shuruq Dwayat (de Jerusalém Oriental ocupada) e a Shatella Abu Ayad (dos territórios ocupados pelos israelitas em 1948).

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a SPP informou que 16 das mulheres prisioneiras são mães e que quatro estão presas em regime de detenção administrativa – um regime que permite ao Estado de Israel manter os palestinianos presos, sem acusação nem julgamento, por ordem de um comandante militar do Exército de ocupação israelita, «com base em provas secretas».

A mesma fonte, a que agência WAFA faz referência, indica que há oito mulheres presas feridas, depois de terem sido atingidas a tiro por soldados israelitas antes de serem detidas.

As forças israelitas prenderam mais de 16 mil mulheres desde 1967, quando ocuparam a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, revela ainda a SPP.

Detenção, tortura e maus-tratos, negligência médica

Num relatório que publicou quinta-feira passada sobre o mesmo tema, também no contexto do Dia Internacional da Mulher, que este domingo se celebra, o grupo de apoio aos presos palestinianos Addameer aponta ainda a existência de 12 mulheres palestinianas presas que se encontram doentes nas cadeias israelitas.

O documento destaca as condições em que as mulheres são detidas, as formas de maus-tratos e torturas a que são sujeitas nas cadeias – em particular nos interrogatórios – e a negligência médica que sofrem por parte de médicos e enfermeiras israelitas – e que relatam com frequência ao advogado do Addameer.

Na secção «Mulheres palestinianas no contexto da lei da ocupação», o organismo de apoio aos presos lembra que «Israel é responsável pelas suas acções nos territórios ocupados, particularmente os maus-tratos a mulheres durante as detenções e transferências».

A este propósito recorda que a brutalidade, os abusos, os maus-tratos e torturas que as mulheres e jovens palestinianas sofrem no processo de detenção, no interior das cadeias e até dentro de hospitais israelitas ocorrem no contexto da ocupação em curso, que dura há mais de 50 anos, e da anexação dos territórios palestinianos, sublinhando a necessidade de que seja respeitado, também pela entidade sionista, o conteúdo da Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres.