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Mobilização em defesa da democracia nas Honduras

Numa manifestação em Tegucigalpa, esta terça-feira, a presidente das Honduras denunciou uma conspiração organizada pelas «máfias e elites do crime organizado» para derrubar o seu governo.

Mobilização em defesa da democracia em Tegucigalpa, capital das Honduras, a 29 de Agosto de 2023 
Créditos / Prensa Latina

Milhares de pessoas participaram, ontem, na manifestação convocada pela presidente Xiomara Castro em defesa da democracia e da justiça, para apoiar o governo e exigir a eleição de um novo procurador-geral no país centro-americano.

Ao discursar perante a multidão, Castro defendeu a unidade, para que não se repitam os golpes de Estado no país.

«Devemos manter-nos unidos, organizados, mobilizados, na vanguarda e na resistência, para que nas Honduras não haja mais golpes de Estado, nem narco-ditadores, nem saques», afirmou a presidente da República, sublinhando que existe uma conspiração contra o executivo que lidera, refere a TeleSur.

Xiomara Castro destacou que, apesar dos esforços realizados no país para alcançar a paz e convivência, se vê obrigada «a denunciar perante o mundo a conspiração que organizam as máfias e as elites do crime organizado» para derrubar o seu governo.

Em seu entender, esses grupos querem continuar a roubar as Honduras. «Os mesmos que me entregaram este país em ruínas e se apropriaram ilegalmente das principais riquezas e actividades do Estado querem prosseguir o roubo», afirmou.

Na mobilização em defesa da ordem constitucional, Castro enfatizou a importância da unidade do povo no combate frontal ao modelo neoliberal, que promove a corrupção, e fez a defesa de um regime tributário justo, «em que todos paguemos impostos de acordo com as nossas possibilidades e necessidades».

Insistiu na ideia de «um Estado transparente, sem a corrupção das alianças público-privadas», um «Estado de direito forte», onde se combata «a corrupção e a lavagem de activos».

A presidente das Honduras ressaltou as conquistas do seu executivo no último ano e meio, mostrou-se orgulhosa pelos avanços conseguidos e referiu-se à «desmontagem a passos firmes do regime ditatorial do saque» a que o povo hondurenho foi submetido na última década.

Entre outros aspectos, mencionou os subsídios aos transportes, aos combustíveis e à energia, o reforço da produção agrícola e a defesa do ambiente. Referiu-se igualmente à criação do programa Red Solidaria, para lidar com a pobreza extrema, bem como à construção de estradas e à reparação de milhares de escolas abandonadas pelos governos anteriores.

Na manifestação desta terça-feira, o correspondente da TeleSur Karim Duarte explicou que os participantes também exigiram ao Congresso Nacional que «chegue a um consenso de modo a eleger o procurador-geral e o seu adjunto do Ministério Público».

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