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Milhares voltaram às ruas de São Paulo para exigir a saída de Temer

Pelo segundo fim-de-semana consecutivo, a Avenida Paulista foi palco de uma grande manifestação contra o golpe de Estado, para exigir a resignação de Michel Temer e eleições «directas já».

Mais de 50 mil pessoas concentraram-se na Avenida Paulista para repudiar o Governo de Michel Temer e exigir eleições «directas já»
Mais de 50 mil pessoas concentraram-se na Avenida Paulista para repudiar o Governo de Michel Temer e exigir eleições «directas já»CréditosMídia Ninja

Convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, a acção de protesto reuniu mais de 50 mil manifestantes, que se concentraram na Avenida Paulista. Ali, a multidão, que mostrava bandeiras e cartazes a exigir novas eleições e com a palavra de ordem mais comum – «Fora, Temer» –, ouviu os discursos de deputados, dirigentes sindicais e líderes de movimentos sociais, antes de se dirigir, em manifestação, até ao Parque Ibirapuera, noticiam o Brasil de Fato e o Portal Vermelho.

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Tecto (MTST), Guilherme Boulos, abordou com ironia as declarações do presidente Temer na China, que minimizou a importância dos protestos contra o seu governo: «Estão aqui novamente as 40 pessoas que insistem em gritar “Fora, Temer”. Ele unificou o país contra ele. Este governo é ilegítimo e queremos eleições directas já. Este é o momento de resistência. Se os golpistas se consolidarem, o preço será caro», disse.

Boulos, que recordou o golpe militar de Augusto Pinochet contra o presidente chileno Salvador Allende, a 11 de Setembro de 1973, sublinhou que a luta contra o golpe se faz quotidianamente nas ruas. «Esse acto é mais uma mobilização contra o governo golpista de Michel Temer, pelas “Directas Já” e em defesa dos direitos dos trabalhadores. Nos últimos dias ocorreram manifestações quase diárias, demonstrando que há resistência, que eles não irão aplicar o programa que querem e consumar o golpe no Brasil goela abaixo», destacou.

Luta pelos direitos

Por seu lado, Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), afirmou que a mobilização será tanto maior quanto maior for o ataque aos direitos sociais e sublinhou a resposta que a «Frente Brasil Popular, em sintonia com a Frente Povo sem Medo», está a dar, com manifestações em todo país – um «caldo que tende a engrossar, sobretudo à luz das medidas que o governo ilegítimo vem adoptando», disse.

Em seu entender, está em curso «uma agenda extremamente regressiva», que irá pôr em causa direitos laborais e sociais consagrados; um conjunto de acções que levarão o país «a um período de retrocesso sem precedentes», alertou.

A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Camila Lanes, declarou que, apesar de toda a repressão da Polícia Militar (PM) sobre os manifestantes, a luta continua. «Seguimos na luta para derrubar o golpe e reivindicar as “directas já”; Michel Temer pode até convocar o Exército para conter os protestos; vamos em frente em defesa da democracia», sublinhou.

Greve geral

Edson Carneiro Índio, secretário geral da Intersindical, falou das lutas levadas a cabo em diversos sectores e disse que o movimento sindical está a preparar uma jornada de luta nacional, unitária, para o próximo dia 22, para travar «as reformas e os ataques às conquistas».

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