Mais de 15000 pessoas foram até ao parlamento grego para se manifestarem contra as políticas neoliberais que assombram a ferrovia. O grave acidente no passado dia 28 de Fevereiro, dia em que um comboio de passageiros colidiu frontalmente com um comboio de carga e que vitimou 57 estudantes, a maioria jovens universitários, confirmou uma onda de descontentamento crescente.
Os manifestantes apontam como a causa a degradação da ferrovia grega, consequência do processo de privatização da empresa ferroviária Hellenic Train vendida ao grupo italiano Ferrovie dello Statto, enquadrado no pacote de privatizações com vista à diminuição da despesa pública.
O governo grego foi obrigado a reagir ao acidente, dadas as proporções do acidente e, apesar de dizer que as causas foram o erro humano, alega também que é resultado de um processo de modernização e reforço da segurança que não foi feito, bem como um problema crónico de investimento estatal na ferrovia.
Nas últimas semanas tem havido uma onde de protestos, entre os quais uma concentração em frente à sede da Hellenic Train, em Atenas, com um grupo de pessoas a acusar a empresa privada de ser uma das principais culpadas pelo desastre, o que obrigou a polícia a usar gás lacrimogéneo para dispersar a multidão. A par disto, os trabalhadores do sector já fizeram uma greve contra a privatização, paralisando a circulação. Para a próxima semana está marcada uma greve geral, a segunda no espaço de duas semanas.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui