Os deslocados sírios começaram a regressar esta quinta-feira ao bairro de Daraa al-Balad, na cidade de Daraa, capital da província síria homónima, depois de as autoridades terem desimpedido as ruas e terem destacado para o local equipas de sapadores para limpar de minas as zonas até aqui dominadas pelos terroristas, noticiou a SANA.
O controlo de Daraa al-Balad pelo Exército Arábe Sírio foi anunciado na quarta-feira, na sequência de um acordo proposto pelo governo de Damasco e alcançado sob mediação russa, segundo o qual o Estado «normaliza o estatuto jurídico dos militantes que entregam as suas armas».
Aqueles que se recusaram a fazê-lo foram «expulsos» para o Norte do país, para uma zona sob controlo turco e dos seus grupos mercenários.
Logo na quarta-feira, os militares içaram bandeiras nacionais em vários locais do bairro e começaram a passar a pente fino ruas e casas para encontrar armamento e desactivar minas e bombas deixadas pelos terroristas, permitir os trabalhos de recuperação de infra-estruturas e serviços, bem como o regresso da população deslocada a suas casas.
No passado dia 1 de Setembro, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) referiu que havia 38 600 deslocados internos na província de Daraa.
Em 2018, no contexto da Ofensiva do Sudoeste, as tropas do Exército Árabe Sírio e aliados conseguiram controlar a estratégica província de Daraa, que faz fronteira com a Jordânia e com os Montes Golã ocupados por Israel.
Acordos de reconciliação, também patrocinados pela Rússia, ajudaram a libertar a região. Recentemente, no entanto, a província voltou a ser alvo de ataques e atentados frequentes, sobretudo contra militares sírios, mas também contra alguns civis e autoridades locais.
Quando o Exército começou a montar o cerco aos terroristas e a lançar a ofensiva para os expulsar, as agências humanitárias ao serviço do imperialismo acusaram logo o «regime de Assad» de atrocidades.
O Reino Unido, os EUA e a União Europeia também afinaram sem demora a orquestra mediática contra a ofensiva – à qual Damasco respondeu lembrando-lhes o «seu apoio ao terrorismo».
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