Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Nicarágua

Marcha pela Paz e pela Justiça encheu as ruas de Manágua

Milhares de manifestantes desfilaram ontem em Manágua para exigir o fim ao terrorismo e à violência, pela paz e pela justiça feita às vítimas do terrorismo ultra-direitista que assola o país.

A Marcha pela Paz e pela Justiça reuniu largas dezenas de milhar de apoiantes do presidente Daniel Ortega em Manágua, Nicarágua, 4 de Agosto de 2018.
A Marcha pela Paz e pela Justiça reuniu largas dezenas de milhar de apoiantes do presidente Daniel Ortega em Manágua, Nicarágua, 4 de Agosto de 2018. CréditosFonte: Rádio Nicaragua

Um mar de gente desfilou em Manágua este sábado, 4 de Agosto, desde a Universidade Nacional Autónoma da Nicarágua (UTAN) até à rotunda Hugo Chávez Frías, exigindo justiça para as vítimas do terrorismo que a direita golpista impôs ao país a partir de 18 de Abril – noticia a Rádio Nicarágua (RN).

O pacífico desfile aliou as cores vermelho e negras da bandeira da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) às azuis e brancas da bandeira nacional, enquanto repetiam palavras de ordem condenando o ódio e a desestabilição provocados pela extrema-direita.

Um dos participantes falou à RN da exigência de «aplicar aos autores materiais dos assassínios, das torturas e dos sequestros todo o peso da lei». «Não mais terrorismo, não mais violência», foram as palavras de Yolanda Méndez.

Os nicaraguenses expressaram o seu apoio ao governo dirigido por Daniel Ortega, sublinhando os avanços económicos e sociais do seu mandato.

Os artistas também têm uma palavra a dizer

A marcha terminou com um momento cultural em que se apresentaram os grupos Los de Palacaguina – o histórico conjunto formado por Luís e Carlos Mejia Godoy durante a luta contra a ditadura – e Los Chinamos, entre outros músicos.

A intervenção dos artistas reuniu a música popular e revolucionária e às palavras em sintonia com o interesse popular.

César Esquivel, líder actual do Los de Palacaguina, pediu o regresso da paz, entre aplausos dos milhares de manifestantes que assistiram ao concerto. Esquível lembrou que os últimos 11 anos, com Daniel Ortega, foram de restauração de direitos na Nicarágua e que é a esse caminho que se pretende voltar, «não queremos mais mortos, nem de um lado nem de outro», «queremos que se chegue à paz, à reconciliação e que voltemos a viver como antes, que haja paz, trabalho, tranquilidade», disse.

Palavras semelhantes foram pronunciadas por Gustavo Leytón, o Rei do Chinamo, do qual uma das canções estreadas, «Que pasa en mi pueblo», foi escrita nos dias mais duros do golpe de estado ereflecte a triztreza e sofrimento por que passaram as famílias; e outra, «Daniel mi Comandante», custou ao autor ameaças de morte mas, «onde as pessoas eram assassinadas, torturadas», «não se pode ficar calado». Leytón afirmou apoiar o «Comandante Daniel porque ele apoia os pobres e os pobres são a minha gente».

Na sessão cultural uma das canções foi «El Cristo de Palacaguina», que partilhamos com os leitores em versão com a respectiva letra. Em Portugal foi pela primeira vez ouvida pela voz de Pete Seeger, em memorável concerto realizado no então Pavilhão dos Desportos, em 1983.


Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui